Jacarandeira
Jacarandeira
Na agradabilíssima tarde deste mês de janeiro, regojizo-me à sombra
do Jacarandá-mimoso, que por minha dita “ impertinência”, finalmente
atingiu a mturidade. Apesar de já ultrapassar doze metros de altura,
na primavera passada somente, foi-lhe permitida sua primeira floração.
Apreciando seus frutos, cápsulas de madeira (do latim –mater,tris- mãe-matéria) que contém suas sementes, forma pela qual se reproduz ,uma esperançosa alegria invade-me; a reprodução Jacarandeira através dos ventos do outono típicos da região sul.
Segue-se ,ao prazer da contemplação da árvore ao sabor da brisa,
a meditação sobre a ignorância humana, o desconhecimento de si
e,o quanto de inconsciente há nas inconseqüentes intervenções no meio ambiente, entre estas a podas das árvores que impedem seu
crescimento e reprodução.
Após alguns instantes, novamente abandono-me ao sabor da inigualável dança dos caules longilíneos, repletos de folhas minúsculas contrastando com o azul celeste.
Um Beija-Flores adentra a sala em busca do néctar dos Brincos- de-
Princesa Seqüestrando-me, momentaneamente ...
Enfim brindo convosco ao prazer dos prazeres que nos iguala
aos deuses,compactuo com Aristótales que assim definiu o prazer
contemplativo referindo-se à contemplação do ser amado...
Estarei dafneando, definitivamente enamorada do mimoso Jacarandá ?
virgínia além mar poeta -17 jan 08
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