CASA SEM RATOEIRA

Todo santo dia no mesmo horário, Epaminondas corria para a porta do armazém onde trabalhava e se postava fazendo pose esperando Ivone, a sua musa, passar.

Ela vinha do colégio, radiante na formosura dos seus 17 anos, cabelos longos, negros e esvoaçantes, saia curta, quase mini, deixando suas coxas grossas e lindas a mostra. Trazia sempre os cadernos abraçados junto ao peito, o que lhe conferia certo charme.

A bela adolescente não era indiferente ao rapaz, correspondia ao seu olhar de galã e lhe retribuía com um pequeno sorriso.

Quando Ivone passava pelo bar do Ambrósio, que ficava um pouco mais adiante do armazém, alguns malandros sinuqueiros, também se amontoavam a porta para ver a estudante, ouviam-se então vários assobios, gracejos, não faltando elogios a sua beleza.

Epaminondas tanto vez que conseguiu namorar a moça, com jeitinho conquistou Ivone, passando a encontrá-la em casa.

Todas as noites o rapaz pontualmente às vinte horas chegava á casa da amada; sentados no confortável sofá da sala, ficavam a assistir à televisão, na companhia do pequeno Zequinha de 12 anos, o irmãozinho da moça.

Epa, como era chamado carinhosamente pela namorada, não suportando mais a presença irritante do cunhadinho, o qual mesmo sem querer impedia qualquer avanço íntimo sobre a donzela, pediu à namorada que o mandasse para a rua ou outro lugar qualquer, desde que fosse para longe.

Ivone ajuizadamente respondeu-lhe que não era possível, pois moravam distante do centro da cidade e a bicicleta do garoto estava muito velha e quebrada.

No dia seguinte Epa, chegou à casa da namorada trazendo consigo uma bicicleta nova e muito bonita.

Zequinha, o cunhadinho, deu pulos de alegria e imediatamente conduzindo a sua bicicleta saiu à procura da sua turminha para mostrar o presente, deixando o casal à vontade.

Com a ausência do irmãozinho da namorada, o rapaz esbaldou-se a valer, Ivone mostrou ser uma verdadeira loba no cio, e o resultado desta paixão nasceu nove meses depois.

Respeitando as devidas proporções, o mesmo se deu no Paço Federal, onde o bruxo José Dirceu, que se intitula ex-guerrilheiro, mesmo sem ter dado um único tiro, comandava o Brasil por trás dos bastidores.

José Dirceu passou grande parte da sua vida na clandestinidade, morria de medo de ser descoberto, chegando ao ponto de submeter-se a uma operação plástica para “mudar” de rosto, escondendo sua verdadeira identidade até da sua mulher.

Com a chegada de Lula ao poder, o ex-guerrilheiro (?) se impôs como o grande general da vitória e passou a dar as cartas no planalto, chefiando a súcia esfomeada.

José Dirceu, para seu melhor conforto, a exemplo de Epaminondas, o herói acima mencionado, não hesitou em comprar não uma bicicleta, mas sim um super avião para Lula, e assim se viu livre do João-Bobo.

Lula ficou encantado com o presente e assim ao lado da fumegante Marisa, a primeira dama, passou a viajar pelo mundo todo, realizando o seu sonho de Ícaro, deixando assim a casa livre para a trupe ocupante assaltar e dividir o butim.

O deslumbrado Presidente até agora já passou 80% do mandato viajando, já conheceu o mundo todo deixando o País à deriva.

O resultado todo mundo sabe, mensalão, dinheiro na cueca, valerioduto, sanguessugas etc.

Sem dúvida alguma a malta de salteadores que ocupa o paço federal já gravou sua página na historia do Brasil, página negra, uma das mais revoltantes e vergonhosas.

Pelo que estamos vendo a súcia, manobra para se perpetuar no poder; se não houver uma reação do povo, a vaca vai para o brejo.

Como diz o ditado, quando o gato sai, os ratos tomam conta.

Lula hoje tem estampado na cara barbada um sorriso ímpar, pois visitou sua paixão. Esteve recentemente em Cuba onde falou com Fidel. Ao sair da sala disse aos repórteres: - Eu sou da geração apaixonada pela revolução cubana.

Mais adiante o irmão do ditador, Raul Castro, disse ter ficado muito satisfeito com a visita do brasileiro. Nós amamos o Brasil. Lula deveria ter nascido em Cuba.

Pode-se morar em Cuba sem que se tenha nascido lá, desde que os irmãos ditadores permitam. No caso de Lula a porta está aberta. Basta querer. O bota-fora será com vivas, trio elétrico e foguetes.