Cafuné Literário (BVIW)

 

É interessante pensar nesta sintonia entre escritor e leitor, como se num texto ele procurasse algo que o atraísse ou o emocionasse; e encontrasse aventura, romantismo, devaneio, poesia ou linhas mais intensas e informativas que inspirem reflexões. E mesmo se uma encantada bola de cristal eu tivesse, não poderia prever qual o alcance desta crônica, caso ela, além do olhar, também se harmonizasse com o coração de quem a lê, com algumas de suas lembranças e vivências...

 

Ao escrever, tenho a sensação de iniciar a construção de um castelo de cartas com os naipes, ideias, dialogando entre si, e aos poucos cada uma delas adquire vida própria, mas mantendo a unidade do pensamento transmutado em palavras, mas o leitor precisa do quê? Algo que o convide a caminhadas, pausas ou o silencie... Quem sabe encontre o fio da meada que o desafie a conhecer a metafórica “A Terceira Margem do Rio”, desnudar sua lucidez. Ou ainda, apenas sorrir ao sentir o vento construindo e desfazendo miragens.

 

Gosto quando o texto inspira quem o leia a sentir-se parte das linhas e entrelinhas, vestindo as sensações, como se fosse um cafuné literário em boa companhia com aroma de café, convidando o bem-vindo leitor à leitura...

 

. Crônica – Tema: O leitor precisa de que?