DO NAMORO AO CASAMENTO: DOIS QUERERES.
Já ouvi muitas frases e adjetivos falando mal do casamento, inclusive, dentre as frases, a mais comum delas: “casamento é como circo ruim, quem está de fora quer entrar e quem está de dentro quer sair!” Mas, é que não é muito difícil de entender o porquê que, na maioria das vezes, o casamento se transforma em pesadelo para o casal.
O casamento, tirando às exceções, acaba com o clima de mistérios e descobertas entre os jovens mancebos, que optam por descobrirem tudo de uma vez só. Ou seja: na corte existem às normas e regras que a sociedade impõe, fazendo com que nem tudo seja praticado entre os pombinhos, porém, o perigo, a aventura de fazer algo mais, ultrapassando os limites, é, certamente, um componente excitante na relação chamada namoro. Por isso, os beijos são mais doces, os abraços são mais calientes, o desejo é mais forte e a paixão aumenta dia após dia, o que leva, infalivelmente, ao anseio de casar-se, para poderem desfrutar em sua plenitude, daquilo que eles apenas têm em doses homeopáticas. Porém, esquece-se que é aí que, na maioria dos casamentos, quebra-se o encanto da paixão: quando não há limites para impedir que os segredos sejam todos descobertos, a tendência é a monotonia, a perda da paixão e o desejo sexual, pois para uma boa parcela, acaba-se o namoro e basta apenas entrar e fechar a porta para que o universo seja desbravado, sem precisar ao menos pedir, por favor.
É claro que passa, também, pela relação pessoal de cada um. Juntar dentro do mesmo espaço, duas cabeças pensantes, não é tão fácil assim. Basta apenas dizer que são pessoas diferentes, com pensamentos diferentes, gênios diferentes, gostos diferentes, caráter e personalidade diferentes, que a partir do momento em que unem as escovas de dente, passam a partilharem, não só dos abraços, beijos e amassos, mas e também, das dores, chateações, mau humores, problemas diários, perdas e chiliques.
É fácil entender essa matemática. No namoro, não há o confronto das realidades. Cada um tem a sua e se desfaz dela no momento em que vai para a casa da moça, ou vice-versa. O rapaz pode ter tido um dia de cão, com chateação no trabalho, porém ao chegar a sua casa, tomar banho e se dirigir para a casa da namorada, ele deixa tudo de lado e é só amor para ela. Da mesma forma a moça, que teve um dia turbulento, onde a irmã mais velha lhe disse um monte de coisas, a mãe por outro lado brigou por que ela não passou o pano direito na casa e nem lavou os pratos do almoço, enfim, mas quando chega à hora de se encontrar com o namorado, um bom banho, um perfume embriagador, uma roupa sensual e provocante a leva a esquecer tudo e se entregar aos caprichos do cupido. Ou seja: o rapaz só vê a beleza e a simpatia da sua consorte, sem predicativos negativos e, ela, só vê nele, o mais perfeito dos parceiros.
Diferentemente é o casamento. O casal não tem onde esconder seus defeitos, suas exaltações, suas exasperações, tem que desaguar tudo dentro da casa onde escolheram viverem, e o que é pior, muitos ainda escolhem o local das cizânias, das altercações, o próprio ninho do amor, trocando em miúdos, o próprio quarto do casal. Daí, com a continuidade, a tendência é a diminuição da veleidade e do entusiasmo, mesmo por que, na gulodice de se terem, acabam por esgotarem todos os recursos de pesquisas e descobertas, caindo rapidamente na monotonia do cotidiano da obrigação matrimonial.
Mas, aí é fácil de reconhecer quando o casamento está bem ou está mal. Basta olhar os cônjuges. Na maior parte (não é regra) das vezes, o homem chega do trabalho e a mulher está toda suja dos afazeres domésticos, cabelos despenteados, com a mesma roupa que ela estava de manhã quando ele saiu para trabalhar, com cara de poucos amigos, e quando o marido vai lhe dar um beijo, ela solta um monte de praga, dizendo que aquilo não é vida, que já não agüenta choro de menino e a falta da casa da mãe. Isso, sem falar que ela já engordou uns quinze quilos e que não vai num salão de beleza, já faz uns seis meses. Da mesma forma o homem, que acaba por chegar a sua casa, encontra a esposa toda arrumada, cheirosa e sorridente a lhe esperar no portão e, ao invés de agradecer-lhe por tão bem recepcioná-lo, dando-lhe um abraço e um beijo, simplesmente a ignora, e joga-lhe na cara, os dissabores do dia, descontando em quem lhe ama, as raivas que seus colegas e seu patrão lhe fizeram durante o horário comercial.
O bom, na verdade, é o equilíbrio das coisas. Um namoro bem alicerçado, com liberdade dentro dos limites e apenas o início das descobertas, e um casamento planejado e consciente, onde os mistérios continuem e as descobertas diárias sejam pautas obrigatórias na vivência do casal. Aí o circo se torna excelente e a platéia que está de dentro não quer sair de jeito nenhum.
Já ouvi muitas frases e adjetivos falando mal do casamento, inclusive, dentre as frases, a mais comum delas: “casamento é como circo ruim, quem está de fora quer entrar e quem está de dentro quer sair!” Mas, é que não é muito difícil de entender o porquê que, na maioria das vezes, o casamento se transforma em pesadelo para o casal.
O casamento, tirando às exceções, acaba com o clima de mistérios e descobertas entre os jovens mancebos, que optam por descobrirem tudo de uma vez só. Ou seja: na corte existem às normas e regras que a sociedade impõe, fazendo com que nem tudo seja praticado entre os pombinhos, porém, o perigo, a aventura de fazer algo mais, ultrapassando os limites, é, certamente, um componente excitante na relação chamada namoro. Por isso, os beijos são mais doces, os abraços são mais calientes, o desejo é mais forte e a paixão aumenta dia após dia, o que leva, infalivelmente, ao anseio de casar-se, para poderem desfrutar em sua plenitude, daquilo que eles apenas têm em doses homeopáticas. Porém, esquece-se que é aí que, na maioria dos casamentos, quebra-se o encanto da paixão: quando não há limites para impedir que os segredos sejam todos descobertos, a tendência é a monotonia, a perda da paixão e o desejo sexual, pois para uma boa parcela, acaba-se o namoro e basta apenas entrar e fechar a porta para que o universo seja desbravado, sem precisar ao menos pedir, por favor.
É claro que passa, também, pela relação pessoal de cada um. Juntar dentro do mesmo espaço, duas cabeças pensantes, não é tão fácil assim. Basta apenas dizer que são pessoas diferentes, com pensamentos diferentes, gênios diferentes, gostos diferentes, caráter e personalidade diferentes, que a partir do momento em que unem as escovas de dente, passam a partilharem, não só dos abraços, beijos e amassos, mas e também, das dores, chateações, mau humores, problemas diários, perdas e chiliques.
É fácil entender essa matemática. No namoro, não há o confronto das realidades. Cada um tem a sua e se desfaz dela no momento em que vai para a casa da moça, ou vice-versa. O rapaz pode ter tido um dia de cão, com chateação no trabalho, porém ao chegar a sua casa, tomar banho e se dirigir para a casa da namorada, ele deixa tudo de lado e é só amor para ela. Da mesma forma a moça, que teve um dia turbulento, onde a irmã mais velha lhe disse um monte de coisas, a mãe por outro lado brigou por que ela não passou o pano direito na casa e nem lavou os pratos do almoço, enfim, mas quando chega à hora de se encontrar com o namorado, um bom banho, um perfume embriagador, uma roupa sensual e provocante a leva a esquecer tudo e se entregar aos caprichos do cupido. Ou seja: o rapaz só vê a beleza e a simpatia da sua consorte, sem predicativos negativos e, ela, só vê nele, o mais perfeito dos parceiros.
Diferentemente é o casamento. O casal não tem onde esconder seus defeitos, suas exaltações, suas exasperações, tem que desaguar tudo dentro da casa onde escolheram viverem, e o que é pior, muitos ainda escolhem o local das cizânias, das altercações, o próprio ninho do amor, trocando em miúdos, o próprio quarto do casal. Daí, com a continuidade, a tendência é a diminuição da veleidade e do entusiasmo, mesmo por que, na gulodice de se terem, acabam por esgotarem todos os recursos de pesquisas e descobertas, caindo rapidamente na monotonia do cotidiano da obrigação matrimonial.
Mas, aí é fácil de reconhecer quando o casamento está bem ou está mal. Basta olhar os cônjuges. Na maior parte (não é regra) das vezes, o homem chega do trabalho e a mulher está toda suja dos afazeres domésticos, cabelos despenteados, com a mesma roupa que ela estava de manhã quando ele saiu para trabalhar, com cara de poucos amigos, e quando o marido vai lhe dar um beijo, ela solta um monte de praga, dizendo que aquilo não é vida, que já não agüenta choro de menino e a falta da casa da mãe. Isso, sem falar que ela já engordou uns quinze quilos e que não vai num salão de beleza, já faz uns seis meses. Da mesma forma o homem, que acaba por chegar a sua casa, encontra a esposa toda arrumada, cheirosa e sorridente a lhe esperar no portão e, ao invés de agradecer-lhe por tão bem recepcioná-lo, dando-lhe um abraço e um beijo, simplesmente a ignora, e joga-lhe na cara, os dissabores do dia, descontando em quem lhe ama, as raivas que seus colegas e seu patrão lhe fizeram durante o horário comercial.
O bom, na verdade, é o equilíbrio das coisas. Um namoro bem alicerçado, com liberdade dentro dos limites e apenas o início das descobertas, e um casamento planejado e consciente, onde os mistérios continuem e as descobertas diárias sejam pautas obrigatórias na vivência do casal. Aí o circo se torna excelente e a platéia que está de dentro não quer sair de jeito nenhum.
Obs. Imagem da internet