PRESEPADA
Francisco de Paula Melo Aguiar
Às redes sociais são os "shoppings" da presepada contemporânea onde tudo é perfeito, rico, não falta nada, tudo bonito, elegante, atuante, gente fina e sábia, coisa de primeiro mundo, pronto e acabado para iludir tolos e sonhadores sem memória que pensam que os outros são honestos e ou desonestos como eles próprios.
A web é terreno movediço que vende facilidades, ao expor o sucesso e a grandeza do desconhecido em gênero, grau e número, in loco, como coceira de coelho.
E assim as redes sociais trazem notícias acima do show da vida das pessoas sonhadoras, candidatas natas e iludidas pelos golpistas promocionais de plantão e na tocaia a qualquer instante para dar o bote e ou visgar suas vítimas.
E mesmo sem o uso da inteligência artificial, enquanto senzala a serviço das redes sociais na web tudo é possível e o povo já sabia que por exemplo, o ritual de tirar vantagem em tudo é o exemplo que se tem dos homens públicos em suas presepadas administrativas que correm a céu aberto na vala comum, onde mentem descaradamente dizendo que estão fazendo o bem comum com o dinheiro do povo que paga tudo e deles não tem um centavo para ver se o povo acredita nesta falácia.
O povo, salvo melhor juízo, acredita em Deus e no vento, sem ver porque sopra onde quer e não depende de autorização de ninguém, e além do mais nada cobra para fazer isto, salvo às religiosidades existentes que se apropriam de seu nome para arrecadar dinheiro para se manter em nome Dele, uma vez que "se não sabe escutar, não sabe falar", segundo nos informa o filósofo grego Heráclito (500a.C - 450a.C).
Então, o termo presepada é um brasileirismo, sic, informal que significa ato ridículo, exibicionista, palhaçada, brincadeira de mau gosto, atitude e ou situação escandalosa, como por exemplo, só quem tem inteligência e competência são os políticos, seus familiares e apadrinhados de plantão, quando na realidade isto é corrupção na prática em qualquer nível de poder da República, dos Estados membros e dos municípios, aqui e acolá em qualquer parte do mundo, uma vez que tal fenômeno não é invenção apenas na nossa pátria.
E isto é fato, não é boato ou fakes, se encontram nomeados, sic, por competência e inteligência, parentes e aderentes de quem tem o puder do quero, do posso e do mando via o voto popular, se bem que "tudo está perdido, quando os maus servem de exemplo e os bons são motivo de piada", no dizer do pensamento do filósofo grego clássico Demócrito (ca.460a.C-370a.C), cujo nome significa o escolhido pelo povo.
Na terra de cego quem tem um olho é rei.
Só a título de ilustração, a palavra e ou termo presepada deriva da palavra presépio, que vem do latim praesepium, que significa literalmente curral e ou estábulo, lugar de animais irracionais e que serviram de "testemunhas" oculares ao nascimento de Jesus Cristo, à Luz do mundo.
Por outro lado, o termo presepada surgiu ao nosso vê devido à má qualidade dos atores na cenografia tosca e figurinos dos presépios vivos, a exemplo dos presepeiros, sic, encontrados e atuando em todos os ramos do conhecimento e do saber científico e empírico, dando seus golpes e tirando vantagens em tudo e em todas às áreas das atividades profissionais, salvo exceções raríssimas.
E na política, assim como nas religiosidades, com raríssimas exceções, tais práticas não dormem, tem gente que pega carona para o céu ou para o inferno, desde que tirem vantagens pessoais para si e para os seus.
Em síntese, o que não falta é presepeiro fazendo
fanfarrice, alarde, bazófia, blasonaria, bravata, bufonaria, fanfarronice, farolagem, gabarolice, imodéstia, jactância, ostentação, parada, patacoada, presunção, prosápia, quixotada, vaidade e vanglória, falando uma coisa e fazendo outra.