A economia bombando

A economia brasileira continua bombando, embora não seja com a intensidade desejada, mas vai! O Planalto cortará vinte bilhões de reais de seu orçamento e subtrairá de todos nós, pagadores de impostos, outros vinte, para, segundo o governo, poder alavancar o PAC e ajudar no aumento do ritmo de crescimento econômico.

O ano de 2008 mal começou e já tivemos que deixar passar rasgando goela abaixo um primeiro pacote econômico indigesto. Lula nos enganou: passou um bom carão no Ministro Mantega e logo em seguida fez ele o que condenou na fala do seu colaborador.

E assim iniciamos 2008 com financiamentos ainda mais caros graças aos aumentos das alíquotas do IOF e da CSLL. Os empresários já começaram a anunciar que os preços dos produtos aos consumidores aumentarão. Isso é péssimo! O Vice-presidente José Alencar já havia dito um dia desses que o Presidente Lula não reduzia ainda mais os juros, com receio de que os preços desembestassem. E agora? A vingança do Palácio do Planalto foi rápida com a queda da CPMF e quem pagará o preço alto será a gente mesmo!

E não nos iludamos com o constante anúncio desse superavit de 180,3 bilhões de dólares do tesouro nacional. Dele deverão ser subtraídos cerca de 40 bilhões para pagamento imediato de nossa dívida pública. Isso o governo não comenta! Se o superávit é recorde, sabemos e entendemos também que o país está gastando desproporcionalmente mais com nossas importações do que a adição em valores percentuais de nossas exportações. Se continuar nesse ritmo, não ficará muito agradável para o país a sobra desse caixa tão apreciado pelo marketing do governo na atualidade.

O rendedouro eleitoral do governo Lula iniciou logo após o reveillon. Medidas foram tomadas às pressas para cobrir o desfalque deixado pela CPMF no Tesouro Nacional.

O PAC poderá ser a melhor boca do governo. E em ano de eleições municipais, mais ainda. Se Lula realmente quiser eleger seu sucessor, terá que mostrar muito serviço e, com caixa menos rico, ser-lhe-á mais complicado.

E que não voltemos ao futuro outra vez da forma como estamos chegando agora. Desaquecer economias como forma de reduzir a emissão de CO2 e com isso o efeito-estufa parece que será um passo exigido no futuro bem próximo de nós. Os produtos orgânicos, os manufaturados, os ecologicamente perfeitos, todos esses, parece, renderão bem mais no trânsito das modernas economias, sintonizadas com um modelo de comércio ecologicamente viável.

E não será mais cabido a nenhum governante discursar com arroubos de segurança, mas mostrar serviço. As ingratas cantilenas deverão ser coisas do passado.

E no aguardo de tudo isso, sejamos precavidos, até porque não estamos mais distantes das águas de março que, como sabemos, trazem de vez em quando enxurradas fortes que costumeiramente causam estragos.

Doravante o colossal será o ecológico. Os inimigos do planeta deverão ter seus produtos encalhados nas prateleiras dos supermercados. Ou se mexe e se muda ou se ficará no antidesenvolvimento. Crescimento só limpo. O CO2 é sem dúvida o mais intolerante inimigo do desenvolvimento moderno.