ESTARIA NASCENDO UMA NOVA CONSCIÊNCIA?
O que alguém ”é” ainda hoje pelo que foi ontem?
Confesso que co’ele não me igualo (jamais)
Não qu’eu creia ser melhor (ou superior) que ele (ou outro alguém)
Todavia, não sou “assim”
E não sei se visto que não me permito não ser (por não querer me vestir com
"roupas de outra época"),
ou se a Vida é quem, deveras, me faz como eu sou
E, desta forma, sou como sou
E, sobretudo, o que eu sou
Mas, de certa forma vivemos por "tempos que se conflitam"
Refiro-me a “tempos psicológicos” (crenças, condutas, comportamentos ...)
Do “inconsciente coletivo” que muitos ancorados n’outro tempo
estão e outros a estarem “transformados para melhor”, digamos assim
Da "transformação" que se deu pelo fato de que mudaram sua forma de pensar
E, portanto, se renovaram
Não, não m’envergonho de minha idade
Como tantos fazem, não sei por qual razão
Oh! De form’alguma, não
E por que eu deveria?
Embora sei que cad’um é cad’um
Mas também não acho qu’envelheci
E Deus me livre de ter ficado “parado no tempo”
Oh, não!
Na verdade, nem faço questão de “contar meus anos”
Apesar de que muito me apraz comparar as épocas
Ao que costumo (de tempos em tempos) fazer uma aferição entr’elas:
A de antes e a atual (a d’agora)
E percebo que nenhum período é igual ao que já passou
Muito embora muitos insistem permanecer “em outra época”
Mais especificamente n’um passado [que não mais existe]
E assim, não evoluiriam, ... não cresceram, nada aprenderam ...
E “naquele tempo” ficaram
Sim, suas cabeças são “daquele tempo” (retrógradas, ultrapassadas, velhas ...)
Já que não mudaram nada
Bem, caminhando hoje prazerosamente pelas ruas de Buenos Aires eis que medito:
Sou do tempo onde se ria e gargalhadas eram dadas quando alguém
se escorregava n’uma casca de banana (jogada propositalmente [ou não] por alguém
no chão)
E ao que reflito comigo a achar que a humanidade talvez evoluiu, pelo que não vejo
com frequência a antiga cena:
Rir dos tropeços e quedas dos outros
E me questiono se isto é dado pelo “despertar-se” de que não existe graç’alguma
de ver alguém escorregando n’uma casca de banana (ou mesmo no chão [ele] cair
e se ferir), ou se atualmente “despertou-se a consciência ecológica” de que não se
deve jogar casca de banana no chão!
E nest’hora tomo a liberdade em lhe perguntar:
E você, é de “qual tempo”?
02 de janeiro de 2024
IMAGENS: FOTOS REGISTRADAS POR CELULAR