A meus queridos 3 leitores:
Venho avisar que, neste resto de dezembro, estarei ausente. Não é fuga: é prevenção. Vou tirar férias das crônicas para me refugiar em um lugar onde o Natal não me encontre. Não, não estarei em férias, mas em refúgio existencial, circunscrito em mim mesmo. Dezembro e eu nunca nos demos bem. Chega cheio de expectativas, balanços de fim de ano, músicas que falam de neve (mesmo que eu só conheça calor) e de um homem que Zaratustra julgava está morto, mas que renasce nesta época do ano em cada loja decorada, entre promoções de panetones e luzes piscantes. Decidi, portanto, me poupar – e poupar principalmente vocês – de textos contaminados pelo meu ranço festivo. Espero voltar em janeiro, com velhas histórias e, quem sabe, um pouco mais de pessimismo. Até lá, sobrevivam ao panetone e aos amigos secretos.
¡hasta luego!