Quando escrevo me liberto das dores



Tocar, ainda que por instantes, o coração de outrem.
E   como  uma enorme colcha de retalhos, permanecer viva através dos tempos,  imortalizada   na alma de cada visitante.  Que  seguem adiante, cumprindo seu papel nesta obra intensa,  infinita em ciclos e  círculos.

Cada tela, escultura, música ou poema  que compõem a obra do artista leva um pedacinho, uma história, um sentimento, um desejo e  um sonho.
A  dor inspiradora dos perdidos é a certeza de tantas Camille Claudel e Toullouse que tiveram apenas o silêncio da criação para buscar conforto . Uma forma de burlar a ansiedade, a solidão, os limites, a depressão e a loucura . 

Ah, não estou me inserindo neste grupo, apenas sinto esta tristeza momentânea e a facilidade em encontrar as palavras certas, me fez refletir.
Hoje entendo os artistas que vagavam pelas sombras, os poetas sorumbáticos, os pintores do Absinto, os que cultuavam a dor como inspiração e foram incompreendidos.

 




 
Giselle Sato
Enviado por Giselle Sato em 17/01/2008
Reeditado em 27/12/2016
Código do texto: T821597
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