Ai, ai, ai… É tanta coisa que aconteceu  (ouça o single).

 

O que começou com um bate papo de amigos reunidos provavelmente num pub, há 10 anos, com início em 2014, precisou de uma década para tornar-se uma entidade social com cnpj ativo e respeitado como tal.

De lá para cá, muitos dos que pensaram fazer as “coisas acontecer”, ficaram só no pensamento.

Na hora do ver pra crer, faltaram às reuniões, não responderam aos chamados, deixaram o barco à deriva.

Nada melhor que o tempo para colocar as coisas no lugar.

O ano de 2020, marcado pela pandemia, causou uma série de estragos e muitos deles em definitivo. Outros estragos aconteceram de forma sorrateira, amiúde, quase que despercebido.

Falo dos de caráter pessoal, de tal forma que somente se percebia pela maneira de se relacionar com o atingido, ainda que não sentindo dores, dificuldades para respirar, ou que houvesse sido entubado numa das inúmeras enfermarias abarrotadas espalhadas pelo país.

Mas que tiveram problemas e complicações outras que foram geradas pelo medo.

E não estou falando no medo da contaminação, mas da discriminação.

E um dos segmentos mais atingidos e desrespeitados foi exatamente o dos músicos e cantores.

Ajuntamentos, reuniões, bares, pubs, festinhas, encontros, aniversários, casamentos, todo evento que pedia um músico com um violão e um acompanhamento era proibido.

Então, veio o tempo e deu uma virada na história. E com a virada surgiram novos personagens. Uma entidade outrora sem representatividade e desmerecida voltou com mais vitalidade e principalmente, visibilidade. Haja vista, o retrospecto recente das atividades e eventos. E com uma expectativa vibrante, é bom que se diga.

Os músicos agora estão representados pela AMI-Associação dos Músicos de Itapoá e ganharam um espaço adequado e merecido para expor seus legítimos representantes, compositores e criadores do entretenimento na região. Como diz a letra da música do compositor Mauro Barbosa, ai, ai, ai, é tanta coisa que aconteceu…

Mas que se registre o papel de recondução e encaminhamento da AMI, ao esforço da visionária Lilian Ferreira, que agora conta com um presidente, Cláudio Del Mestre, também músico e bem querido pelo meio em que navega.

Ou seja, quem te viu e quem te vê, novos tempos para a música de Itapoá.

 

veja o que se falava à respeito em 2020

AMI - Em 2020