DESENHISTA
Mesmo na época em que eram absolutamente necessários, eram raras as pessoas que exerciam a profissão de desenhista.
Trabalhavam diante de bancadas, geralmente de madeira com partes móveis para fazer a inclinação necessária ao conforto do desenhista.
Além da bancada longa e larga, que pelo seu tamanho era impropriamente apelidada de prancheta, a oficina desse profissional dispunha de um sem número de lápis de grafite com variadas cores e durezas, apontador mecânico para os lápis, borracha sem pó de vidro, espanador com cerdas longas e macias, tinteiros e canetas próprias para nanquim, folhas de mata-borrão, régua grande com cabeçote regulável para definição de ângulos montada em estrutura metálica geralmente usada para as linhas horizontais e outras réguas pequenas chatas ou triangulares com as múltiplas divisões e escalas do sistema métrico decimal, compasso, esquadros com os diversos tipos de triângulos, transferidor a bobina de papel vegetal e a luminária com braço móvel para facilitar a visualização das plantas baixas dos espaços idealizados pelos arquitetos que se tornariam realidade pelo trabalho dos engenheiros dos diversos ramos da construção civil.
Essas plantas faziam parte dos documentos necessários para as autorizações e licenças dos órgãos públicos e, depois de aprovadas eram copiadas e distribuídas com os demais profissionais envolvidos na execução das edificações, elétrica, hidráulica, mecânica, paisagismo, etc.
Com o advento da computação gráfica, essa profissão se não morreu está nos estertores finais, porque toda a parafernália usada até então, foi substituída por programa de computador acoplado à impressora.