Datemi un Martello
SEMPRE fui fã de Rita Pavone e do seu principal sucesso, "Datemi un Martello". Mas um fato triste me fez deixar de ouvir essa música. Um fato triste e estarrecedor.
Vamos ao fato. Havia na nossa cidade um cidadão exemplar, grande mecânico e pessoa afável e muito educada. Esse cara depois que enviuvou apaixonou-se por uma moça muito bonita que tinha idade para ser sua filha. Mas tanto ele fez que se casou com a moça. Ela gostava de negociar. Então abriram uma loja na cidade. Ela de vez em quando viajava para São Paulo para comprar artigos para a loja. Quando viajava sempre coincidia com as viagens de um jovem negociante do lugar. Então os dois começaram a de relacionar e a transar. Como sempre acontece foram flagrados e o mecânico, o marido, soube. Soube e tirou a prova dos nove. Então o cidadão educado e pacífico transformou sua paixão em ódio avassalador. Resultado. Depois do expediente da loja ele trancou a morta e assassinou a mulher usando, pasmem, um martelo. Ela ficou desfigurada. trancou a loja e foi para casa. A polícia descobriu e ele foi preso. A reaçso na cidade foi enorme, mas não época havia os que defendiam a violenta emoçao. A maioria. Um locutor da rádio no seu programa colocou dezenas de vezes a música Datemi un Martello, de Rita Pavone. Um horror. O mecânico na prisão ficava ouvindo num gravador de fita a voz da mulher que assassinou. Foi solto anos depois mas foi definhando de arrependimento e de psixão. Conheci os dois. Sempre passavam na frente da minha casa e conversavam comigo. Um caso verdade que demonstra que a oaixão pode acabar com a vida. Um caso que jamais esqueci. Por isso evito a música e nunca perdoei o locutor. William Porto. Inté.