Até tu, Brutus?
De fato, Júlio César foi apunhalado várias vezes nas escadarias do Senado romano. No entanto, nunca articulou a frase que o mundo se esforça em lhe atribuir. Por que então se acredita que essa foi a última coisa que disse antes de morrer? Provavelmente, o fato de Shakespeare tê-la reproduzido em sua obra Júlio César (que data de 1599) ajudou que o mundo o considerasse um fato histórico verídico. Por outro lado, Plutarco (que nasceu no ano 45 depois de Cristo) afirma em sua obra que César não disse tal coisa. Segundo o filósofo grego, a única coisa que o ditador fez antes de morrer foi cobrir a cabeça com a toga ao ver Brutus entre seus assassinos. “Ao ver Brutus com a espada desembainhada, colocou a roupa sobre a cabeça e se deixou golpear”, diz Plutarco no volume V de Vidas Paralelas. A frase se tornou hoje um símbolo que representa a traição máxima. Os imperadores romanos não condenavam os gladiadores à morte baixando o dedo. Se o imperador levantava o polegar, estava incitando o gladiador vitorioso a matar o gladiador derrotado. Quando o imperador queria salvar a vida do gladiador, introduzia o polegar no punho fechado da mão oposta. “Acreditar que os imperadores condenavam à morte baixando o polegar é um erro que nos transmitiram via Hollywood. Realmente a sentença de morte se dava quando o imperador romano levantava o polegar para cima”, explica a historiadora María F. Canet.
'Há mais coisas entre o céu e a terra do que pode imaginar nossa vã filosofia. ' - já dizia William Shakespeare em sua obra "Hamlet". Por essa razão, sempre haverá o que pesquisar? Então, é válido concluir que há muitas coisas no mundo que se pode explicar ou racionalizar. Contudo, é importante incorporar a filosofia em nossas ações.