PLATAFORMA & SENZALA

Francisco de Paula Melo Aguiar

Não é falta de conhecimento científico, porém, excesso dele que escraviza o usuário crítico e ou do senso comum para o acesso único via a porteira que abre para entrar e sair, análoga a escravidão do corpo e da alma dos tempos e períodos históricos da escravidão que a história da humanidade nos conta em versos e prosas, como por exemplo, a Bíblia Sagrada.

Assim sendo, estamos nos referindo a figura de fato e de direito, inventada por teóricos da contempaneidade científica chamada de "plataforma" para isto e aquilo para "resolver" todos os problemas do homem moderno, "agilizando" assim a realização de seus sonhos e das realidades como se fosse o tapete de Aladim, que nos faz voar sem termos asas e sem sairmos do lugar.

E a plataforma faz e faz tudo em todas às áreas do saber humano e agora com o elixir da eterna atualização sem cérebro, sem coração, sem circulação sanguínea, sem reflexos de vida, sem dá uma passada para frente e ou para trás, imóvel, deita e rola como bem entende em quase tudo para ajudar e ou prejudicar seus inventores governantes e governados.

O termo plataforma tem origem francesa, vem de "plate-forme", e quer dizer: disposição em superfície plana, superfície horizontal que "serve" de suporte para auxiliar a gestão pública e ou privada, as teorias de aprendizagens em todas as áreas do saber científico.

Acontece que isto no tocante a prestação de serviços que se ver por aí muita gente vendendo sonhos mágicos para resolver os velhos, antigos e presentes problemas da humanidade: o analfabetismo e o letramento científico, porque o indivíduo pode nascer em berço de ouro ou em berço de morador de rua, e isto não quer dizer que ele vai ter que conviver assim a vida toda, porque ser pobre ou ser rico não é um câncer que se nasce, vive e morre com ele, por exemplo.

Na plataforma ou senzala de qualquer área do conhecimento o indivíduo tem que concordar e não discordar nunca, porque que ela não entende as emoções, sonhos e vontades do indivíduo, porque "quanto menos alguém entende mais quer discordar", segundo o astrônomo, físico e polimata florentino Galileu Galilei (1564-1642).

Então, às plataformas de prestação de serviços, por exemplo, para escolas de todos os níveis e graus de ensino estão oferecendo o que de fato não conhecem, não são professores transformados em "educadores" no chão da escola e mesmo assim são poucos professores que serão na realidade educadores, apesar de existirem muitos "educadores" em ciências ocultas e letras apagadas, analfabetos funcionais que trabalham com raiva esperando apenas o tempo chegar para se aposentar. Isto sem falar de que são omissos no tocante o que transmitem aos alunos e bem assim no chamamento às discussões dos conteúdos que provocam o verdadeiro saber e como fazer, coisas que a plataforma ou senzala não sabe fazer, não tem emoções e nem liberdade para fazer nada.

Estamos dizendo a "plataforma" não sabe de patatina alguma, ela é um programa político, uma ideologia administrativa horizontal mais alta que a área circundante, assim a chamada interdisciplicinaridade fica em brancas nuvens, porque quem faz o aluno pensar é o professor com suas indagações e reflexões dentro ou fora de qualquer plataforma ou senzala.

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 30/11/2024
Reeditado em 30/11/2024
Código do texto: T8208691
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.