A Jornada da Transformação
A vida nunca é uma linha reta. É um mosaico de dias, feitos de experiências que se entrelaçam, nos moldam e nos desafiam. Sempre acreditei que não somos, mas que estamos em constante processo de nos tornar. Essa caminhada, repleta de altos e baixos, não possui pressa, nem destino final claro. É como se o propósito não estivesse em um ponto fixo, mas no movimento em si.
Algumas mudanças chegam sem avisar, trazidas por ventos de circunstâncias que fogem ao nosso controle. Outras são fruto da nossa escolha deliberada, como quem decide trocar a trilha conhecida por uma que ainda não foi desbravada. Ambas carregam a mesma essência: nos convidam a abandonar o conforto do que já somos para experimentar o potencial do que podemos ser.
E há aquelas transformações que ninguém percebe, nem mesmo nós. São pequenas, quase silenciosas. Uma palavra que aprendemos a segurar, um sorriso que se alonga mais que o habitual, um medo que deixamos de alimentar. Essas, embora discretas, constroem alicerces.
Penso que a vida não nos exige perfeição, mas movimento. Não é sobre se tornar algo grandioso, mas sobre se permitir ser humano, com todas as imperfeições e contradições. No fim, talvez não seja importante alcançar um “eu” idealizado. Importa ter caminhado, reinventado, aprendido a cada tropeço e a cada vitória.
Quem sou hoje? Alguém que se molda. Quem serei amanhã? Apenas quem a vida e minhas escolhas decidirem lapidar. Porque o verdadeiro ser é, antes de tudo, aquele que se permite recomeçar em cada amanhecer.