DIA DA BANDEIRA

Pelo calendário das datas nacionais, ontem devia ter sido comemorado o dia da Bandeira Brasileira, mas a data parece que passou despercebida pela maioria da população.

Salvo a referência à data feita pelo jornalista Alexandre Garcia, não vi nenhuma outra manifestação particular ou das mídias tradicionais.

Claro que não vi todas, mesmo porque cansei das manipulações sobre os fatos e das tentativas de cooptar adeptos que se tornaram o modus operandi das mídias tradicionais.

Os versos do Hino à Bandeira, escritos por Olavo Bilac, é uma exortação ao respeito e valorização ao dizerem:

“Salve lindo pendão da esperança/ Salve símbolo augusto da paz/ Tua nobre presença à lembrança/ A grandeza da Pátria nos traz”

Mas essas ideias de grandeza, valorização e respeito se perderam quando deixamos desmoronar os pilares da decência, honestidade, patriotismo e, principalmente a capacidade de se indignar com o que é destrutivo aos elos entre os indivíduos que formam a nação.

Hoje, dia 20 de novembro, comemora-se o dia da Consciência Negra. Melhor seria se fosse o dia da Consciência Humana uma vez que a nossa etnia não se forma apenas com os negros, mas também com os europeus, os nativos e demais povos que migraram para cá e que, como os africanos, merecem o mesmo destaque.

Neste primeiro quarto do século XXI, perdemos a vergonha por termos mais da metade da população com QI menor do que o dos chimpanzés, de termos altos índices de analfabetismo e os menores de IDH, de sermos dependentes das tecnologias estrangeiras, de termos em todos os níveis da administração pública, criminosos e corruptos cínicos ocupando os postos chave da nação que se deixou dominar por facções criminosas protegidas por leis lenientes que somente são respeitadas quando é para proteger bandido.

“Auriverde pendão da minha terra/ Que a brisa do Brasil beija e balança/ Estandarte que a luz do sol encerra/ E as promessas divinas da esperança/ Tu que da liberdade após a guerra/ Foste hasteada dos heróis na lança/ Antes de houvessem roto em batalha/ Que servires a um povo de mortalha”

Ao escrever estes versos, o poeta Castro Alves se referia ao tráfico negreiro, mas nos dias atuais, por nossa inercia diante de tantos malfeitos, diz respeito a todos nós.

CITAÇÕES

Hino à Bandeira – Francisco Braga/ Olavo Bilac

O Navio Negreiro – Poeta Castro Alves