Uma trégua
Dando trégua à imaturidade, solidão, desamparo da humanidade.
Vou contar, a dificuldade, a lembrança ambígua, misturada a tantos eventos não sei se consigo transformar em um caso compreensivo, quiçá, pitoresco.
É muito tempo, ainda jovem, cavalgava, andava, solitário, por todos os recantos da propriedade, não é contar vantagem, com sede, bebia da água do ribeirinho, proibida, onde o pescador de outrora faleceu, coitado, sozinho, epiléptico, tem nada a ver com o sobrenatural, fatalidade, a crise, desfaleceu, afogou, há tanto tempo, eu bebia daquela agua cristalina, ela, a água, coitada nada tem com a tragédia... mas, mais de uma vez, dia ou noite, lua clara ou minguante, passando por ali, sempre ouço um burburinho, quase lamento, um clamor, um chamado...
Não sou medroso, mas confesso, não bebo mais daquela agua!