"A FARRA DO AUMENTO POPULACIONAL" Crônica de: Flávio Cavalcante

A FARRA DO AUMENTO POPULACIONAL:

(Uma Roda de Descaso e Ganância)

Crônica de:

Flávio Cavalcante

No teatro da irresponsabilidade, o aumento populacional descontrolado de um país revela-se uma festa macabra onde os únicos aplaudidos são os gananciosos no poder. Entre abortos clandestinos, violência incessante e falta de políticas públicas eficazes, forma-se um cenário no qual as novas gerações são condenadas a viver sob as sombras de um descontrole irreparável.

Os governantes, cegos por interesses próprios, assistem a tudo com um misto de indiferença e malícia. Afinal, um povo sem cultura e sem educação é mais fácil de manipular. Quanto maior o caos, maior o lucro para eles. A pobreza serve como ferramenta de dominação; a violência, como cortina de fumaça para suas falcatruas. Enquanto o cidadão comum luta para sobreviver, eles recheiam seus bolsos com o sangue e o suor de quem sustenta a nação.

A consequência é um ciclo vicioso: mais gente, mais necessidade, mais fragilidade. Sem infraestrutura adequada, sem saúde e educação de qualidade, a população cresce sem rumo, impulsionada pela falta de conscientização e planejamento. Quem paga essa conta? O contribuinte, claro. Aquele que já está esmagado pela carga tributária, mas que vê seus impostos sendo desviados para alimentar a luxúria de uma cúpula de “metralhas” que nada oferece em troca.

E quanto às crianças, as novas gerações? Elas nascem condenadas a um sistema falido, onde o abandono é regra e a esperança é luxo. Crescem em meio ao desespero, cercadas por um ambiente que lhes nega oportunidades e, muitas vezes, as empurra para os braços da criminalidade. Os abortos clandestinos, reflexo de uma falta de políticas de planejamento familiar, mostram a ponta do iceberg de uma tragédia que se alastra silenciosa.

A violência é mais do que consequência: é ferramenta de poder. Governantes corruptos agradecem a cada tiro disparado, a cada vida ceifada, porque sabem que a instabilidade alimenta sua estratégia de manipulação. Um povo com medo é um povo que não reage, que aceita o pão dado como esmola, enquanto esquece dos seus direitos.

Soltam as rédeas e deixam o caos governar, mas não por incompetência, e sim por estratégia. Afinal, o sofrimento do povo é o combustível que mantém a máquina da corrupção funcionando. Para eles, quanto pior, melhor. O importante não é o bem-estar da população, mas o saldo em suas contas bancárias.

O futuro é sombrio, mas não inevitável. É preciso romper o ciclo, exigir educação, saúde, planejamento familiar e justiça social. Só assim será possível transformar a farra do descaso em uma revolução de dignidade e esperança para as próximas gerações.

Flávio Cavalcante

Flavio Cavalcante
Enviado por Flavio Cavalcante em 17/11/2024
Código do texto: T8198658
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