O EXPRESSO 22.222 (de Gil?) EXPLODIU
O pobre Francisco Wanderley Luiz atingiu o cume do fanatismo: explodiu.
Tudo começou com um ligeiro convite, passou por uma aceitação, depois convicção, devoção, obrigação, tentativa de eleição, até atingir o vácuo: detonação, arrebentação...
O campo de liberdade do "coitado" deslizou, pouco a pouco, de cem para zero.
Sua personalidade também, foi subtraída e substituída pela personalidade de um misterioso "mito", em defesa de quem ele jurou matar e até matar-se.
Um "mito" cujo passado deu aulas de como armar e fazer explodir bombas, mesmo nos quartéis.
Um "mito" que passou quinze anos como tenente - causa de frustração - e precisou explodir algumas bombas para ser notado, reconhecido e afastado das Forças Armadas como "capitão".
Expulsão ou promoção?!...
"Que nada! É só um capitão sem farda!" - Concordaram os generais que o julgaram.
Um "mito" que, três décadas depois, inventou a facada sem sangue, se elegeu presidente dos milicianos e lhes impôs uma missão:
"Armem o povo - em vez de feijão, fuzil - e, como todos os armados morrerão de armas na mão, logo, logo estaremos sanando todos os problemas sociais do Brasil".
Pior: como provou o falecido 22.222, fanatismo é um transtorno sem retorno, sem regresso, que tem só um caminho de ida, (com o perdão de Gil) como o "expresso do sucesso".
Pelo menos, como ponto de partida, única saída, cada fanático é treinado para escolher a bomba que despedaçará a sua própria vida.
Infelizmente, todos virarão mortos-vivos.
Pobres moços, cuidem dos seus pescoços!!...
(fernandoafreire.net)
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Para o texto: Comentário sobre o homem-bomba de Brasília
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