Amo você
Eu te amo, isso é um fato não tenho como negar, não tenho como desamar, esse sentimento tem vida própria e nunca quis me obedecer, só entende o que acredita ser possível ter.
Amo como juntas nos completamos, nos conhecemos, nos entregamos.
Amo o que nos tornamos, amigas, cúmplices, amantes.
Amo tudo que pensei um dia poder haver e que minha mente trouxe como possibilidade de ser.
Amo tanto que chega a doer de tamanha a vontade de romper o peito e simplesmente viver, dói, não por ele, é puro e sincero, mas por se permitir sentir além do que a reciprocidade pede e por isso, o peito é o único lugar seguro em que pode se manter.
Amo você por ser sincera, por colocar à mostra quem realmente é, me dando o direito de escolher, ou não, ficar e permanecer, pois no fim não vou poder dizer que não sabia o que iria acontecer.
Amo você, mas não gosto de como me sinto quando saio do mundo imaginário e percebo que nada é real, que buscamos coisas completamente diferentes e coisa e tal.
Não gosto da certeza de que para vivermos esse amor precisamos abrir mão de quem somos e que, pelas vivencias e experiências de vida sabemos que nossa essência é algo que não tem negociação, o preço é alto de mais, é nos perder de nós mesmos tentando encaixar o outro no nosso modo de ser e no fim não nos reconhecermos e não reconhecermos o outro e o sentimento que antes deu sentido a tudo isso se torna nossa perdição.
Não gosto de saber que o sentimento não é suficiente para fazer a vida juntas acontecer, não é um mal só meu, o que mais vemos no mundo são amantes que não estão juntos, isso é mais comum do que podemos imaginar, a vida é assim, não há como contestar.
Sei que te amo porque o que sinto me permitiu viver a seu lado coisas impensáveis e o trabalho de te amar sem medidas me tira o medo e a dor de não ser capaz te ter a meu lado.