CAIU A LUZ
E quando você mais precisa ela acaba, a luz. Já reparou que a luz tem a madrugada toda para acabar, mas cisma de acabar logo na hora do seu jornal preferido, ou quando vai ser revelado o assassino da novela, ou quando você vai tomar um banho relaxante no final do dia, ou quando você está escrevendo uma crônica... Bom foi isso que aconteceu comigo, escrevendo um texto em meu computador e ele apagou, acabou a luz, e, sem eu salvar o trabalho realizado, ele foi para o brejo.
Sei não, mas estou pensando em trazer novamente à vida minha Remington azul, dada de presente pelo meu tio e padrinho há alguns anos atrás, pelo menos com ela não tenho problemas com a falta de luz, é só uma ideia, mas quem sabe? Para quem não sabe, esse bicho com nome esquisito é uma máquina de escrever manual, sem conexão com a internet, nem memória, que registra o resultado de forma impressa e imediatamente e, além dessas vantagens, é inviolável.
Hoje existe tanta tecnologia e ainda não inventaram uma forma da luz não cair, inventaram os nobreaks, que quebram o galho, mas não um jeito da luz permanecer firme enquanto ocorre uma tempestade, ou depois dela, veja o que ocorreu em São Paulo, não tem muito tempo. Agora, mesmo sem chuva, a luz caiu aqui, pelo tempo suficiente para esse incauto escritor perder um texto, mas também foi um evento inspirador para esse texto que agora publico. É a vida e seus dois lados, assim como uma moeda. Então, deixa a Remington lá onde ela está!