BET ELEITORAL
Francisco de Paula Melo Aguiar
A verdade é como chuva de Janeiro, tarda mais não falta.
A mentira tem perna curta, pode até enganar durante muito tempo, porém, não o tempo todo.
A população tem o governo que merece e quando as regras do jogo não são claras, porque o filtro final determina que é eleito quem tiver um voto há mais, assim com uma cacetada só mata o sonho de todos, inclusive o sonho de quem entre aspas ganhou o jogo.
Sim, isto mesmo, é isto que acontece em uma cidade com mais de 101 (cento e um) mil eleitores, por exemplo, onde tem seis candidatos concorrentes ao cargo eletivo "X", e um dos candidatos ganha a eleição por ser o mais votado, mais que justo, apesar dos que não votaram nele ser pela soma a maioria dos votos do que o total que lhe deu a "vitória".
Isto é jogo de carta marcada na democracia brasileira que se tem, é o "Bet" eleitoral.
E lá nos EUA isto é feito assim também, em um estado membro, por exemplo, tem 50 delegados para ser eleito em um estado qualquer dos 50 estados existentes lá, que votará no Colégio Eleitoral para eleger o Presidente da República, então, se um candidato tiver por exemplo, mil votos e o outro tiver mil e um voto, leva ou ganha os 50 votos/delegados daquele estado no referido Colégio Eleitoral e o menos votado perde tudo, não fica com um só delegado daquele estado.
A democracia é o governo do povo para o povo e en seu nome é exercido, salvo os regulamentos eleitorais nacionais, inclusive os chamados quintos constitucionais em vigor.
Afinal é o a população que paga tudo.
É o "pé xupa" do jogo de cartas marcadas.
O sistema eleitoral menos injusto é o segundo turno e ponto final em eleição majoritária.
E o voto proporcional com coeficiente eleitoral partidário é outra excrescência no jogo eleitoral brasileiro.
É na realidade o aprendizado que fica no espelho dos resultados finais eleitorais, porque quem perde conta estória, enquanto quem ganha faz a história.