O mundo estar completamente over. Estamos vivendo uma overdose de excesso em todos os sentidos. O bom senso não existe mais. O respeito também não. As pessoas estão se matando e a vida, que é o bem mais precioso que Deus nos deu, não vale mais nada. Estamos destruindo o amor, a empatia, a solidariedade e a generosidade em nome da construção de um mundo cristão, que se torna questionável a partir do momento que a hipocrisia tomou conta das ações e falas dos líderes religiosos. Nunca vi em todos os meus anos de vida, o nome de Deus ser tão usado de forma leviana, como nos tempos atuais. Líderes que deveriam cuidar do seu rebanho, pregar a palavra do Cristo, fazem discursos de ódio, destilando preconceito, intolerância e ainda se evolvem em escândalos sexuais e de corrupção.
Quem somos nós para julgar, condenar ou apontar o dedo para o próximo? Se somos imperfeitos e pecadores, como podemos criticar ou condenar as imperfeições e os pecados do próximo? Claro que não estão incluidos ai os crimes nos quais temos a obrigação de falar mesmo. Se conseguimos mudar, tornar-mos uma pessoa melhor, bom para nós, mas isso não nos transforma no paladino da moral, pois continuamos pecadores e vamos morrer pecando. Aliás Nelson Rodrigues foi cirúrgico: atrás de todo paladino da moral, vive um ex canalha. Sábio Nelson!
Todos nós temos telhado de vidro, nosso lado ruim, já fizemos coisas que não nos orgulhamos e vamos continuar fazendo. A vida é muito curta para cuidarmos da vida do outro. Como defender a democracia negando direito ao próximo ou impondo sua vontade em detrimento da vontade da maioria? Como defender a vida, tirando a vida de quem não pode se defender? Como defender a liberdade, sem discutir o libertarianismo, seja ele de direita ou de esquerda? O mundo é complexo, não é mesmo? Nada em excesso é bom, nem mesmo a liberdade.
Precisamos dar um reset no mundo e recomeçar. Que nesse recomeço comece uma nova era, onde o ser humano volte a ser humano novamente. Que seja uma era onde o amor e o respeito sejam a busca maior da humanidade.
Um brinde a nova era!