GARÇOM, UMA DOSE DE PACIÊNCIA, POR FAVOR!
Caminhando sozinho sigo ao final da tarde pela cidade
O pensamento comigo a me acompanhar
Este meu [único] companheiro [de todas as horas]!
E prossigo
Suspirando fundo pelo dia que findou
Cerrando devagarinho meus olhos
Qual epílogo da batalha desta vida de apenas um dia
(A sagrada luta de cada dia que não pode nos faltar ... "hoje")
E o meu destino:
A minha casa!
O coração a desacelerar [lentamente]
Como a do atleta [ao final do jogo] após pendurar suas chuteiras
A ansiedade que antes fizera correr o meu pensar?
Simplesmente deixei-a para trás
Oh! Não mais [dela] preciso
Aliás, quando foi que precisei?
Fato é que somos criadores de “necessidades desnecessárias”
E como sofremos por elas!
A ser, então, a vida de todos [pelo que a escrevemos nas páginas do tempo]:
A pressa de se chegar
O medo de não conseguir
O desejo de conquistar
A angústia de viver
Desta fugidia vida que é menos que um segundo
(Em face ... à eternidade)
Olho [agora] para trás e vejo apenas minha sombra
Embora de longe contemplo a grande "multidão solitária"
Meus irmãos de sofrimento!
A caminhar juntos qual inseridos numa solene procissão
E percebo-os co'a mais viv'atenção (e co'amor)
Não, não há como vê-los e não recordar de mim mesmo
Meus olhos se enchem d'água
E lágrimas a escorrerem em meu rosto
Lembranças sorrateiras a me assaltar agora
Entro num bar próximo
A nele me acomodar
E percebendo pela janela a sofrida "massa humana" medito comigo:
Amanhã, quem sabe, mais uma vez
estarão [eles] ávidos a voltarem para suas casas
Aos seus lares
Mas o mundo é cruel
E o tempo é breve
A ser preciso, sem dúvida, uma "dose de paciência"
E apenas uma dose a cada dia
- Então, garçom, por favor
Uma dose de paciência para todos
É por minha conta
30 de outubro de 2024
IMAGENS: FOTOS REGISTRADAS POR CELULAR
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FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES
GARÇOM, UMA DOSE DE PACIÊNCIA, POR FAVOR!
Caminhando sozinho sigo ao final da tarde pela cidade
O pensamento comigo a me acompanhar
Este meu [único] companheiro [de todas as horas]!
E prossigo
Suspirando fundo pelo dia que findou
Cerrando devagarinho meus olhos
Qual epílogo da batalha desta vida de apenas um dia
(A sagrada luta de cada dia que não pode nos faltar ... "hoje")
E o meu destino:
A minha casa!
O coração a desacelerar [lentamente]
Como a do atleta [ao final do jogo] após pendurar suas chuteiras
A ansiedade que antes fizera correr o meu pensar?
Simplesmente deixei-a para trás
Oh! Não mais [dela] preciso
Aliás, quando foi que precisei?
Fato é que somos criadores de “necessidades desnecessárias”
E como sofremos por elas!
A ser, então, a vida de todos [pelo que a escrevemos nas páginas do tempo]:
A pressa de se chegar
O medo de não conseguir
O desejo de conquistar
A angústia de viver
Desta fugidia vida que é menos que um segundo
(Em face ... à eternidade)
Olho [agora] para trás e vejo apenas minha sombra
Embora de longe contemplo a grande "multidão solitária"
Meus irmãos de sofrimento!
A caminhar juntos qual inseridos numa solene procissão
E percebo-os co'a mais viv'atenção (e co'amor)
Não, não há como vê-los e não recordar de mim mesmo
Meus olhos se enchem d'água
E lágrimas a escorrerem em meu rosto
Lembranças sorrateiras a me assaltar agora
Entro num bar próximo
A nele me acomodar
E percebendo pela janela a sofrida "massa humana" medito comigo:
Amanhã, quem sabe, mais uma vez
estarão [eles] ávidos a voltarem para suas casas
Aos seus lares
Mas o mundo é cruel
E o tempo é breve
A ser preciso, sem dúvida, uma "dose de paciência"
E apenas uma dose a cada dia
- Então, garçom, por favor
Uma dose de paciência para todos
É por minha conta
30 de outubro de 2024