DIGITAL X ANÁLÓGICO
Desde a popularização do computador e o uso atual dos celulares, super, ultra, hiper multifuncionais, que tudo aquilo que é lento ou antigo, se pode chamar de analógico.
Claro que eu não sou conhecedor das maravilhas digitais, porque existe uma incompatibilidade atávica entre essas maquininhas e a minha irremovível condição de analfabyte, mas está bem evidente para mim que as únicas vantagens do campo digital é a velocidade com que as informações são processadas e a certeza de que as tarefas serão executadas sem alterações, por menores que elas sejam pelo simples fato de que tudo aquilo que é digital não tem a capacidade de escolher ou de experimentar alternativas.
Muitos de nós já terão visto crianças em parquinhos descendo dos escorregos de cabeça para baixo ou subindo no brinquedo pela rampa.
São simples exemplos de alternativas às instruções que lhes foram passadas de que deviam subir pela escadinha e, sentados, escorregar até o chão, mas não custa experimentar novidades para saber o que pode acontecer além da bronca...
A capacidade de escolher é inerente ao ser vivo enquanto que o digital é inanimado.
São máquinas programadas para executarem determinados serviços, sob determinadas condições e acionadas por comandos predeterminados.
Até mesmo aqueles que nos parecem autônomos, estão cumprindo os programas baseados na metodologia cartesiana do sim ou não.
Como diz o gaudério: “ou é ou deixa de é”.
Muito se fala atualmente na inteligência artificial, apelidada de IA entre os íntimos.
Os arautos dos fins dos tempos têm advertido de que a humanidade será em breves dias dominada pela IA, com as consequências antevistas no filme 2001 Odisseia no Espaço cujo comando da nave é assumido pelo computador em detrimento da vontade da tripulação.
O ato de pensar é orgânico, envolve hormônios, sentimentos e vivências é atributo analógico dos seres vivos, coisa que nenhuma máquina digital, jamais conseguirá fazê-lo por mais evoluída que esteja.