PREGUIÇA E TRABALHO - Por Sílvia Helena
Um pai tinha dois filhos. Dois filhos amados, mas muito diferentes. Um era calado e trabalhador.O outro era falante mas muito preguiçoso.
Como o pai já estava idoso ficava muito preocupado com o futuro do segundo. Procurava sempre ter conversas que o levassem a refletir sobre a terapia do trabalho.
Direcionava trabalhos em que os dois irmãos pudessem fazer juntos mas, o filho preguiçoso nunca terminava sua parte.
Um dia o homem ficou doente. Os filhos tiveram que dividir tarefas. O filho mais velho, sem o amor paternal, deixou claro ao preguiçoso que cuidar do pai seria sua tarefa: café da manhã, almoço e lanches. Se ele não cumprisse suas tarefas estaria colocando a vida do pai em perigo.
O Preguiçoso ainda quis se esquivar da tarefa mas o irmão não deixou espaço para negociações.
O primeiro dia foi muito difícil. Mas diante da fragilidade do pai ele até se esforçou. Os dias foram passando e o preguiçoso foi percebendo, pelos olhares agradecidos do pai , que trabalhar não era tão ruim. Até sua relação com o irmão melhorou.
Ao término de um mês companheirismo e colaboração se fizeram presentes entre eles.O pai tinha o semblante feliz e agradecido, principalmente pelos laços afetivos que se construíram entre os três. A vida tomou novos caminhos e a pequena família só crescia em compreensão, trabalho e amizade.