PAZ
Através de todas as mídias sociais, somos “bombardeados” diariamente com as notícias da iminente terceira guerra mundial. A guerra atômica cujas consequências, nas palavras atribuídas ao grande Einstein, “os vivos invejarão os mortos”.
As mais estapafúrdias explicações, ameaças, alternativas de sobrevivência, construção de bunkers, como estocar alimentos e água (ainda não contrataram a Dilma para ensinar como estocar vento) estão disponibilizadas pelos “especialistas” de plantão que desde que se iniciou o reset mundial em 2012, não cessam de instruir os ignaros ouvintes.
Naquele ano houve o frisson por conta do calendário dos Maias, mas em vez do mundo se acabar, como foi amplamente divulgado, pensando bem, houve apenas outro recomeço como aconteceu lá nos anos 60 do século passado.
Quem tiver idade bastante há de lembrar da Era de Aquário, woodstock, hippies e demais movimentos contra a moral vigente naquela sociedade.
Os meios de comunicação da atualidade nos dão a sensação de urgência, de que tudo está mudando em velocidade estonteante.
Tivemos a pandemia do xinglingvírus que ceifou um bocado de gente tal como havia ocorrido nos anos de 1918/20 com a gripe espanhola e o vírus Influenza, e assim os déspotas enrustidos tiveram a oportunidade de testar as melhores formas de controle social.
Vale ressaltar que a partir dessa pandemia, grupos antagônicos puseram as unhas de fora e as escaramuças se intensificaram, porque como salientou uma querida amiga, consóror de saraus, coautora de contos e sanfoneira nas horas de diversão, nós os humanos “não aprendemos a usar a paz”.
A paz como qualquer conceito subjetivo, definitivamente incapaz de se transformar em algo palpável, depende da moral de cada grupamento humano, e em síntese, é a autodeterminação.
Dom Benito Juarez, estadista mexicano, cunhou a frase – “a paz é o respeito pelo estrangeiro”.
O império romano, com seus estandartes (SPQR –Senatus Populusque Romanus) depois de dominar os povos, de substituir ou simplesmente eliminar seus dirigentes, implantava a PAX ROMANA que, em outras palavras significa – obedeça às minhas ordens e continue vivendo como se eu não estivesse por aqui.
Os mesmos romanos tinham em mente – si vis pacem, para bellum (se queres a paz, prepare a guerra) e esse conceito continua mais atual do que nunca, tanto que todas as nações destinam sempre maior dotação nos seus orçamentos para a defesa, para compra ou produção de armamentos, a fim de garantir a integridade de seus territórios, cultura e tradições. (Claro que no Brasil dos petralhas, essa máxima não existe)
Falar paz (português), tem o mesmo significado que pax (latim); peace (inglês); salam (árabe); paz (espanhol); pace (italiano); paix (francês); frieden (alemão); shalom (hebraico); heiwa (japonês); mir (russo); héping (chinês); alafia (yorubá); py’aguapy (guarany): gasikay (quéchua); eirini (grego); angatu (tupi); baris (turco); pyeonghwa (coreano); horbinh (vietnamita); ou na, talvez, mais antiga das línguas faladas na atualidade – shanti (sânscrito).
Mas para que isso seja verdade, temos que aprender a viver o quase impossível– “ama teu próximo como a ti mesmo”.