Lapidando crônicas

Comecei a escrever ainda bem jovem. A primeira obra foi Oração dos Deprimidos. A saudosa mãe mandou para o jornal de minha cidade e eles, como conheciam bem a família, publicaram no periódico semanal.

A fase que mais produzi foi quando viajava a serviço e vivenciava diversas situações diferentes para transformar em textos. Surgiram crônicas aos borbotões. Um dia resolvi publicar um livro, ao qual dei o sugestivo nome, “Viajando com as Palavras”. Eram histórias captadas nas viagens pelo interior catarinense e por outros estados, esses graças a excursões que pude desfrutar.

Depois publiquei “Panela de Crônicas”, título que remete a um grupo de amigos do qual participo, nos reunimos toda quarta-feira e cujo nome é Panela. Esse grupo, que começou jogando futebol, dominó e bebericando, sobrevive por 35 anos.

Por fim publiquei “Deitado sem fazer nada”. Nome dado por estar aposentado e havia escrito uma crônica com esse título. O nome foi sugestão da pessoa que homenagearei nesta crônica.

Desde que comecei a publicar as crônicas no site Usina de Letras, mandava para um amigo que com uma boa vontade indescritível, fazia ajustes aqui e ali e saía muito melhor do que estava. Depois passei a colocá-las no site Recanto das Letras e ele nunca se rogou em opinar e às vezes, dizia: Arão, essa eu não gostei. Deixa um pouco de molho, volte a ela e a aperfeiçoe.

Eu ficava muito contente quando ele dizia: Essa é muito boa.

Sempre mandava um comentário que para mim é como se fosse uma cartilha de como redigir melhor as crônicas.

Ele, com as correções, atribui uma qualidade superior ao que está escrito. Ele torna perfeito o que é rudimentar. Ele aperfeiçoa como professor e eu aprendo como atencioso aluno.

Ele já publicou 5 livros em carreira solo e outros 4 a quatro mãos e ainda participou de coletâneas do Sindicato dos Eletricitários de Florianópolis, Sinergia.

Somente para citar alguns: Álbum de retratos; Altina; Sai da frente, estafermo! (Com Delman Ferreira); Histórias de Luz e Marcas do Caminho (com Luiz Cézare Vieira).

Essa pessoa tem nome e sobrenome, Paulo Sá Brito. Meu amigo, a quem prezo muito e não canso de agradecer.

Paulo, ao te agradecer, tento ser gentil ao meu modo, porque: a gentileza é o jeito mais bonito de ser sol no dia mais nublado de alguém.

Aroldo Arão de Medeiros

23/10/2024

AROLDO A MEDEIROS
Enviado por AROLDO A MEDEIROS em 24/10/2024
Código do texto: T8180822
Classificação de conteúdo: seguro