MAIS UMA TRAGÉDIA NAS ESTRADAS DO BRASIL
Nesta segunda feira os noticiosos nos trouxeram a informação de que nove pessoas morreram em um acidente rodoviário envolvendo uma Van de transporte de passageiros e um Caminhão de Cargas em cuja carroceria transportava um Container.
Entre as vítimas estavam seis atletas de um clube de Remo de Pelotas quem tinham acabado de conquistar o Campeonato Brasileiro, o seu treinador e o motorista da Van.
Todos os jovens atletas -meninos e meninas- tinham entre quinze e dezessete anos de idade.
Por milagre escapou, somente um deles, e está retornando para os braços de seus amigos, seus colegas de projeto e de sua familia.
Os demais serão enterrados em túmulos frios nos quais o tempo, se encarregará de apagar seus nomes, mas, com certeza, suas lembranças e lembrança da tragédia que os matou, ficarão para sempre no coração de seus pais, seus amigos, seus irmãos seus parentes. Ficarão, com certeza, no coração e na lembrança do povo de sua cidade, do povo do Rio Grande do Sul e do Brasil.
As autoridades estão buscando os motivos pelos quais a tragédia aconteceu.
Me permito, com todo o respeito à conclusão das autoridades dizer que as causas de mais esta tragédia de nossas estradas tem origem no Brasil dos anos sessenta quando o governo federal, para incentivar a indústria de transporte de passageiros e de cargas grandes e pequenas, via estrada rodoviárias, começou a desativar nosso sistema ferroviário e incentivar a produção de veículos de carga de carga de grande porte e, progressivamente, na década de setenta sucateou a ferrovia e largou nas estrada inadequadas grandes caminhões com enorme capacidade de carga que foram aumentando de tamanho chegando, hoje, a termos veículos com duas ou mais carrocerias acopladas- os Truck, os Bitruck e os bi-trens os quais trafegam por rodovias com péssimas condições de tráfego , em todo o Brasil.
O palco de transito destes veículos com grandes cargas e que ocupam muito espaço são as rodovias federais, estaduais e municipais, mal construídas, mal conservadas, que não são duplicadas e nas quais os veículos de passeio e de transporte trafegam, sempre no sentido da direita para à frente, em pistas com péssimo acostamento, separadas por um risco de tinta amarela-quando tem- e, como se deslocam, sempre, em alta velocidade é quase impossível que seus motoristas- por mais hábeis que sejam- façam manobras com segurança e que evitem acidentes.
É preciso então, além de lamentarmos as mortes destes inocentes e promissores jovens esportistas, sermos solidários nas dores de seus amigos e familiares, e pedirmos a Deus que, por um milagre, diante de tantas tragédias históricas havidas, os dirigentes do Brasil, a nível federal, estadual e municipal envidem os seus melhores esforços no sentido de fiscalizarem o tamanho e a capacidade de carga dos veículos de transportes e pensem, no médio prazo, na possibilidade reativação de nossa malha ferroviária, tão vasta, tão segura e tão eficiente e tão barata.
Talvez o meu texto e a minha opinião aqui expostos sejam levianos, singelos e ineficazes para produzir algum resultado mas, me sinto no dever de fazê-lo e o faço com o sentimento de angustia e de tristeza pela fatalidade que acometeu as vitimas de mais esta tragédia, levada efeito nesta peça de horrores em cartaz, permanente, no teatro da vida brasileira.
(Recanto da Ana e do Erner 21.10.2024-Capão Novo)