O 8 de Janeiro, os sociopatas e os analfabetos funcionais
Quem viola leis precisa ser punido, porque essa conduta é essencial para a sobrevivência das sociedades.
Ninguém em sã consciência pode pretender que os envolvidos nos eventos de depredação que ocorreram em Brasília no dia 8 de Janeiro de 2023 fiquem sem punição.
No entanto, centenas de pessoas foram submetidas a humilhação, tortura e até falta de cuidados que resultou em uma morte por ação ou omissão de “autoridades” com nítidos sintomas de sociopatia.
Essas “autoridades” ultrapassaram limites constitucionais, legais e até princípios básicos do Direito, com o propósito evidente de satisfazer transtornos mentais inconfessáveis.
Essas atitudes não são propriamente surpreendentes porque há anos estão expondo a conta-gotas suas deficiências de caráter.
O que não deixa de surpreender é o nível de ignorância ou má-fé de pessoas que acreditamos serem cidadãos como nós e que defendem a atitude das referidas “autoridades”.
Dentre esses “cidadãos” como nós, temos “filósofos”, “advogados”, “economistas”, “professores”, “jornalistas”, “escritores”, etc.
Sim, todos “entre aspas” porque não passam de analfabetos funcionais que não tem a mínima noção de direitos e leis básicas e não compreendem nossa Constituição em virtude de sua deficiência cognitiva.
Se o Brasil não fosse uma terra de alienados e covardes não haveria necessidade de lei especial para anistiar as “vítimas do 8 de Janeiro” porque suas prisões e julgamentos são legalmente nulos.
Os congressistas estão se batendo para promulgar uma lei para anular um ato nulo desde sua origem. Essa providência é típica de um país avacalhado e que não consegue evoluir.
As pessoas envolvidas nos atos de 8 de Janeiro de 2023 são cidadãos comuns, portanto eles não são beneficiados pelo foro por prerrogativa de função e teriam que ser julgados na primeira instância e de acordo com o devido processo legal a que todo cidadão tem direito e não por um tribunal de exceção típico de ditaduras.
No dia em que o país voltar a sua normalidade jurídica, tais “autoridades” serão processadas criminalmente e suas vítimas poderão requerer na Justiça indenização por vários danos.
Recordando
Ser cidadão é ter noção de seus direitos e deveres e obviamente de que um cidadão não pode ser diferente de outro cidadão.
Analfabetismo funcional é a incapacidade de uma pessoa para compreender textos simples. Um exemplo de texto simples é nossa Constituição.
Nossa Constituição
Título I – Dos Princípios Fundamentais
Art. 1º ... tem como fundamentos:
III – a dignidade da pessoa humana;
Título II – Dos Direitos e Garantias Fundamentais
Capítulo I – Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
Art. 5º
II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
III – ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
Vivemos numa era em que a ignorância não é mais uma fatalidade e sim uma opção pessoal. Quem ainda insiste em se manter nessa condição só o faz por um dos seguintes motivos:
- para seguir a diretriz de um grupo ideológico que tem a ignorância como fundamento estatutário;
- regrediu tanto intelectualmente que já não sabe mais o que é o Conhecimento e portanto, não tem motivação para procurá-lo.