A Verdadeira Pecuária
“A Verdadeira Pecuária”
Acordar cedo. Muito cedo. Enquanto uns estão indo dormir agora e outros comprar pão, cheguei à Pecuária. A vida começa limpando os animais e os alimentando. São bois e vacas, cavalos e pôneis. São pessoas humildes que nem aparecem na grande festa. Mas sem elas nada valeria.
Aí começo a dar voltas. Um churrasquinho despretensioso. Bois curraleiros de chifre grande. Nelores branquinhos, mochos e gir de orelhas enormes. Cavalos, até com trancinhas. O cheiro de urina de vaca e de esterco misturado com palha não sai nas fotos, mas é onipresente.
Conheço o pipoqueiro, o palhacinho, o peão que dá banho nos bichos. Vou até aquelas vacas malhadas de preto e branco, as holandesas. Que peitão! Logo sou corrigido, ao úbere!
Uma paradinha para ver animais exóticos. Rola um pastel frito na hora. Rãs, galos e galinhas de todos os formatos e tipos. Os pintinhos são lindos. Minha filha quer comprar um.
Mais voltas. Chapéus, selas, balões no ar. As bolhas de sabão agora sobem no céu azul de Goiânia. A manhã estava cinza. Algumas rampas, alguns estandes vazios.
Fivela da Danielle, a única mulher que já vi montar em touro bravo. Bolas coloridas. Uma quentinha na saída. O estacionamento disputadíssimo.
Fui embora cheio de lembranças e aprendi tanto que vou voltar, cedinho, amanhã.
JB Alencastro