LUZ NAS TREVAS

De que serve um serrote, tipo japonês, considerado o melhor do mundo, guardado numa caixa, ou usado por mãos despreparadas?

De que servem o martelo e o prego, se não são usados?

De que serve toda a sabedoria do mundo, se não é colocada a serviço?

As coisas materiais, não importa se de forja excepcionais e até as virtudes teologais, se não são colocadas em prática, são como o sino que tine, que faz barulho, mas é oco, por dentro.

Mas a boa ferramenta, se colocada na mão de profissional capacitado, realiza obras magnificas; as Virtudes, se usadas em benefício da humanidade, têm força restauradora e trazem luz sobre o mundo.

Nós fomos criados para ser ferramentas de Deus, na construção de um mundo justo fraterno e de amor. No entanto, se não permitimos que esse operário divino nos use, podemos nos transformar em ferramentas de destruição.

As Virtudes, que são sentimentos bons, podem ajudar na construção do homem, imagem e semelhança de Deus. No entanto, se são apenas ornamentos de vaidade e manipulação, destroem tudo em que tocam, e criam caricaturas do próprio Deus.

Os operários bons são poucos, embora a messe seja grande, diz Jesus; os fariseus e mestres da lei impõem pesado jugo aos que os seguem, mas são como sepulcros caiados, podres por dentro, complementa.

Ser instrumento bom, nas mãos de Deus e luz divina, que nos perpassa, para iluminar aos que vivem nas trevas, é missão de quem é virtuoso.

Ser sal, luz e fermento é a receita perfeita, para se criar um Mundo Novo, semelhante ao Paraíso, arquitetado pelo Criador.