A Função das Pontuações

#Memorial Recantista# [40]#Dionísio Teles#

 

Todos, imagino, conhecem o adágio popular que diz: “A curiosidade matou o gato”. Ainda – e em se tratando do adágio – ouso dizer que “o gato morreu feliz por ter aprendido”. Sim, a curiosidade é a principal alavanca do progresso e do aprendizado. Aqueles que não têm a curiosidade de saber como todas as coisas acontecem, morrerão sem aprender!

 

Desde quando Eva usava fraldas, feitas com folha e parreira, e Adão usava – pelos motivos anatômicos – fraldas feitas com folha de bananeira, as frutas passam pelas variadas etapas de crescimento que – partindo da floração – amadurecem e, se não colhidas, caem ao solo, dando início às outras fases de reprodução natural das espécies. Sintetizando: isso acontecia – e acontece até nos nossos dias atuais – sem que ninguém buscasse entender: o porquê do acontecimento. “Aconteceu porque tinha que acontecer – assim, comodamente, pensavam!

 

Eis que, num certo dia, um jovem se encontrava sob uma produtiva macieira e, de repente, uma maçã lhe cai na cabeça. Curioso que só, quis saber por que aquela a maçã lhe caíra na cabeça. Resoluto, não se deixou abater e se prontificou a estudar aquela queda da fruta que lhe deixara um galo na cabeça e a mente pululando para descobrir o motivo!

 

Amigos, este jovem curioso era um tal de Isaac Newton que, com a queda da maçã que lhe despertara a curiosidade, veio a descobrir a Lei da Gravitação Universal. Palmas, pois, à curiosidade do gato Isaac Newton que morreu feliz, não só por ter descoberto a lei supracitada, mas por ter matado sua curiosidade.

Sou – mesmo não sendo um gato de arrepiar – um curioso confesso. Quero entender sempre o que motivou o acontecimento, porque as coisas acontecem e por aí vai.

 

Por ser (Desculpem-me por ser repetitivo.) curioso, busquei uma explicativa lição, para entender ‘qual a função das pontuações’ dentro do contexto ortográfico na composição de um texto, a saber: Travessão, Dois-pontos, Reticências, Ponto, Ponto-e-vírgula (...) até chegar ao âmago da minha curiosidade, o Ponto de Interrogação. Ex. “Você quer ir conosco ao jantar”?

 

Discordando, divago. Vejo no Ponto de Interrogação a mola propulsora do progresso da humanidade. Se não tivéssemos sempre a curiosidade de buscar o que motivou o acontecimento (revejam Isaac Newton), estaríamos, ainda, vivendo nas árvores ou, se muito, meros neandertais da idade da pedra.

Numa sala de aula, a Professora pergunta aos seus pupilos:

-Digam-me o nome de um mamífero que voa. – questionou!

O silêncio sepulcral paira na sala. Todavia, lá do fundo a voz de um menino franzino se faz ouvir ao responder: -O morcego e o homem! – dissera!

 

A até então, silente sala, explode entre os risos e gozações dos colegas. A Professora pede o silêncio, para prosseguir na aula, dizendo:

-Concordo com a resposta sobre o morcego por ser o único mamífero que realmente voa. Discordo sobre o homem, porque o homem não voa!

-Ainda não, Professora! Ainda não, mas vai voar, sim!

Aquele menino – Alberto Santos Dumont – veio, mais tarde, abalar Paris ao voar em torno da Torre Eiffel com o seu 14 Bis, assombrando o mundo. 

 

Querendo voar mais alto, dei asas às minhas elucubrações poéticas, para sair voejando nos ares da curiosidade. Sabem o quê – pela ótica da poesia – enxerguei no Ponto de Interrogação? Enxerguei que ele é o Símbolo do Amor. Duvidam? Peguem dois pontos de interrogação. Em seguida, coloque-os um de frente para o outro. O que temos? O desenho do símbolo do amor: um Coração!

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Imagem: Google

Altamiro Fernandes da Cruz
Enviado por Altamiro Fernandes da Cruz em 18/10/2024
Reeditado em 18/10/2024
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