A COMO SE DIZ LÁ EM ROSÁRIO: UMA CAUSALIDADE
O mês de outubro tem me proporcionado há, anos, motivos de satisfação singulares.
Um deles foi o que, exatamente há 60 anos, me reservou a felicidade de, no dia 15.10.64, ser admitido como Continuo Externo Contratado do Banco da Provincia do Rio Grande do Sul e, neste dia, o meu Contrato de Trabalho, foi assinado por meu pai -Napoleão Menine Machado-pois eu era Menor de Idade.
Este fato de o meu pai ter testificado por mim, um momento tão importante de minha vida, aumentou a minha responsabilidade de boa conduta e responsabilidade profissional perante meu primeiro e tradicional patrão e marcou e continuará marcando a minha humilde história, por toda por todos os meus dias.
Ouve outras satisfações que, para não deixar o texto muito longo, vou contá-las em ocasião, na qual a inspiração me sugerir.
A última aconteceu, agora, no dia 11.10 quando indo na UPA de Capão Novo, consultar para uma alergia gripal que estava me deixando desconfortável e preocupado, fui atendido por uma médica- vou omitir seu nome atendo ao respeito e ao sigilo profissional- a qual pelos seus cabelos, já brancos, me foi permitido achar que estaria próxima dos 70 anos ou mais e que, por isto, não estranhou quando apertei a sua mão lhe agradeci por que ia me atender e lhe perguntei se ela morava em Capão Novo.
Me respondeu que era de Porto Alegre, mas que se mudou para Capão Novo há coisa de oito anos.
Iniciando um diálogo amistoso e cordial, perguntou-me de onde eu era.
Respondi-lhe que era de Rosário do Sul, mas que tinha ido morar em Porto Alegre, por ter sido admitido no Banco da Amazônia no dia 26.11.70 e que fiquei na Capital até julho de 2008 quando me mudei para Capão Novo onde, desde então, resido com muita alegria, muita tranquilidade e com muitos amigos.
Quando lhe disse que eu era de Rosário vi que ela esboçou um sorriso e me disse que quando fez estágio profissional no Hospital Ernesto Dornelles, em Porto Alegre, uma enfermeira de nome Catarina, lhe convidou para ir a Rosário do Sul.
Ela aceitou e lá foi apresentada para uma jovem senhora de nome Eva cujo esposo tinha um bar na Rua João Brasil, esquina Riachuelo.
Me disse que dali resultou uma grande amizade que durou anos e da qual ela tinha muitas saudades.
Meu coração e minha memória foram ativados pela emoção da lembrança e eu lhe perguntei: O nome do esposo dela era Osvaldo e ela tinha filho de apelido Chico e uma filha de nome Mara? Sim me respondeu a médica, acrescentando que a dona Eva tinha irmão que era poeta. Ao que eu respondi e chama-se Ruben Fialho.
Ela disse sim e ficou muito feliz quando eu lhe disse que fui muito amigo do Ruben, do Osvaldo da dona Eva e que vi o Chico crescer e vi a Mara nascer temporã.
Lembramos de toda a familia e rimos juntos pelas lembranças comuns a nós dois e que a vida, milagrosamente, nos trouxe, de tanto tempo atrás.
Mas os seus olhos e o meus, encheram-se lágrimas quando eu lhe disse que o Osvaldo tinha falecido, logo depois faleceu a Mara e que a dona Eva também tinha morrido e o que Chico, que eu vi crescer, e ela tinha conhecido estava internado em um Asilo para pessoa de idade.
Nos recompomos, depois de algum tempo, e ela me examinou e me receitou medicamentos.
Ao me despedir adicionamos ao aperto de mão inicial, um abraço fraterno e respeitoso e eu senti uma profunda gratidão por ter feito um novo relacionamento de amizade embasado em experiencias vividas com pessoas da minha querida e eterna Rosário do Sul.
Ao sair lhe prometi que ia fazer um fazer um texto relatando a casualidade do nosso encontro e de nosso diálogo e, em cumprimento a palavra dada, aqui está ele!
E, hoje, dia 15/10, aniversário de meu primeiro contrato de trabalho, tomando os remédios receitados e fazendo o repouso recomendado, já estou melhor emocionalmente e fisicamente recuperado, sereno e disposto para qualquer tarefa como deve sempre, estar alguém que teve, mesmo há tantos anos passados, a honra, o privilégio e o merecimento de ter sido Continuo Externo Contratado do Banco da Provincia, que estava presente em todo o Estado do Rio Grande do Sul e que, por isto, era chamado de “ O VELHO JEQUITIBA”.
( Recanto da Ana e do Erner 15.10.24- Capão Novo)