SE ISTO NÃO FOR GAFE, QUE ME DESCULPE.
Olha só este caso que aconteceu com um senhor aposentado, 74 anos, que diariamente sai de casa para fazer sua caminhada matinal recomendada pelo seu cardiologista. Como no mercadinho próximo da sua residência nunca tem o danone da sua preferência ele procura comprar em supermercado grande, não importa se precisa até pegar alguma condução. Afinal, ele não paga condução, óbvio. Foi o que ele fez certo dia. Chegando lá, pegou um elevador, desceu no piso correto do estabelecimento, atravessou calmamente vários corredores de gôndolas, intercalados com ilhas repletas de mantimentos e iguarias deliciosas, então se aproxima do departamento com freezer e pega uma bandeja do seu danone predileto. Entre mais de 50 caixas disponíveis, por coincidência, optou aleatoriamente um, cuja funcionária estava conversando com uma colega de serviço, a qual quando o viu ao seu lado lhe entregando o seu pequeno produto, não sabe se ela se assustou um pouco, pois estava tão distraída na hora, mas apenas ouviu uma pergunta que não quer calar:
- É ENTREGA, SENHOR?
- Não, minha filha, acho que dá para levar. Só me vende também uma sacola.
Se ela ficou envergonhada pela gafe não se sabe. Mas que aquele cliente idoso ouviu bem a sua pergunta, sem dúvida, ele ouviu, mas preferiu não comentar com ninguém, respeitando aquele momento ímpar de distração daquela modesta funcionária.
Em tempo: se ele tivesse encostado ali com um carrinho, mesmo só com raros e leves produtos, ainda teria uma escapatória para aquela pergunta rotineira : É entrega? Porém, nem isto aconteceu naquele momento que a fez ficar um pouco constrangida e com vergonha pelo ato falho, mas perdoável.