A TEMPESTADE: A FACA DE DOIS GUMES

À proporção que o ribombar dos trovões for ficando mais forte, paulatinamente, nuvens plúmbeas aparecem bailando no firmamento e qualquer pessoa de bom senso e precavida se prepara para uma tempestade que se aproxima. Por este motivo as janelas já vão sendo fechadas, permanecendo apenas as cortinas afastadas para quem quisesse apreciar a cadência dos forte pingos dágua que começam a cair, formando poças ou logo escoando pelas ruas e avenidas. Neste momento, quem tivesse algum compromisso, pelo menos por alguns momentos precisaria postergá-lo. E não adiantava nada se lamentar ou muito menos xingar este tempo pluvioso, pois como reza o ditado: há males que vêm para o bem. Só que neste caso, a palavra mal se pode relacionar a uma chuva que, por outro lado, pode ser benfazeja tanto para o agricultor como também para aumentar o nível dos reservatórios de água que abastecem toda a população de uma megalópole como São Paulo.

Após alguns minutos aquela chuva foi embora. As janelas dos apartamentos foram abertas novamente. As pessoas resolveram sair para os seus respectivos compromissos adiados temporariamente. Enquanto as ruas e avenidas continuavam com alguns poças ou água escorrendo lentamente, quando não conseguia entrar em alguns bueiros entupidos com entulhos jogados por pessoas irresponsáveis. Então, por este motivo ia se formando algumas poças, algumas delas inclusive próximas de ponto de ônibus. E aqui onde mora o perigo, pois devido a pressa, descuido ou até mesmo por maldade alguns motoristas passam rapidamente sobre elas, molhando quem estiver próximo daquele local. O xingamento em uma situação deste quilate é imediata. Só que não vai adiantar absolutamente nada, pois o infrator já está longe dando risadas ou se lamentando, vai saber.

JOBOSCAN
Enviado por JOBOSCAN em 13/10/2024
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