ONDE ESTÃO “ELES” OU “ELAS”? ... 1616h57min. (Reminiscências).
Guardadas no âmago de nossa alma, não deixam de serem os “arquivos de nossa alma”, sobre fatos e pessoas que par assarão em certos momentos pela nossa vida, e, repente trilhamos por outros caminhos, e nunca mais se cruzaram, dai vem a pergunta: onde estão? Continuam neste plano ou já passaram para outra dimensão.
Hoje, comentando com a esposa me lembrei de uma jovem na época, que deveria ter menos de 25 anos, cabelos negros, aliás uma moça bem bonita, quanto a “nós” deveríamos em torno de 14 anos.
Concidentemente trabalhávamos numa loja que vendia uma diversidade de produtos, armarinhos, brinquedos e acessórios para uso feminino. Ela era vendera de balcão, sempre solícita e bem simpática, a gerente da loja era uma “jovem” de mais idade, Dalila, havia em torno de seis moças balconistas. Até não sei se recebiam algum tipo de comissão, ou tão somente um salário fixo.
A loja ficava bem no centro da cidade, numa rua de diminuta extensão, Cândido de Leão, e tudo indicava que os negócios prosperavam, visto que o proprietário, no período que estávamos lá, comprou um terreno no alto da Avenida Vicente Machado e construiu uma belíssima casa, e muitas vezes fomos até lá, levar alguma coisa que ele pedia por telefone, havia um açougue na Pça Zacarias, e ele encomendava carne, e lá íamos nos levar até sua casa de bicicleta.
Quanto a moça tenha vindo da cidade de Blumenau, em busca de emprego em nossa cidade, que para época não deixava de ser um ato “heroico”. Morava num apartamento bem no centro da Pça Tiradentes, em que era comum várias jovens alugarem e dividiam o custo do aluguel e do condomínio.
Tinha uma saudosa tia, - Carmem- que morava no bairro Bacacheri, e esta moça, todos os dias almoçava lá, penso que uma família conhecida da minha tia, lá de Blumenau, deu o endereço para esta jovem, - Virgínia – até não sei se a refeição era gratuita ou se ela colaborava com algum valor...
“Voltando” a loja, havia vários vendedores autônomos, que lotavam o seu carro de mercadorias, a gerente Dalila, fazia uma relação dos itens que seriam levados, perto de 10 dias depois eles voltavam, fazendo um acerto com as mercadorias vendidas, na época viajar pelas estradas do Paraná, não deixava de ser um ato de heroísmo...
Havia também um “ritual” todas as segundas feiras pela manhã era a hora de dar um trato em seu veículo, que era um De Soto 1951, da Chrysler, isto em 1956. O outro carro que era um Lincoln Conti mental, 1947, se não estou enganado, tinha sido vendido para um vendedor, que fazia vendas somente em Curitiba, o mesmo era um militar aposentado.
Os fatos que estou rememorando, são de 68 anos atrás, - 1956 – o que me leva a crer em não saber se estão “aqui” ou se já passaram para o lado de lá, visto que no ano mencionado, sai deste emprego e fui morar em durante um ano em Florianópolis, nunca mais tive notícias deles de delas.
Bem mais tarde quando exercia a função de vendedor e propagandista de laboratório, me deparei casualmente com o antigo patrão, que estava trabalhando como representante de seu irmão que era um atacadista em São Paulo, - sua loja havia sido fechada - o vendo comentei, até nem sei se ele ainda se lembrava de mim... 17h54min.
Curitiba,10 de outubro de 2024 – Reflexões do Cotidiano – Saul
https://www.recantodasletras.com/br/autorees/walmorzimerman
http://www.conteudoespirita.com.br walmorzimerman@bol.com.br