PAZ E GUERRA

Conquanto a paz seja o desejo de todos, sempre haverá quem se interesse pelas guerras, sendo entusiastas delas. Normalmente esses são os gananciosos como a indústria bélica, os governantes tiranos e os que almejam sempre o espólio dos derrotados. Penso que os psicopatas se enquadram também nesse rol, tirar a vida alheia permeia seus corações.

A paz se traduz em sorrisos, vida sem sombras, o afastamento do medo, o distanciamento dos horrores das lutas sangrentas. Guerras são monstros famintos por balas e mísseis indo e vindo, a escuridão dos dias, o pavor nos olhos das crianças. Soa bastante estranho alguém optar pelas batalhas no lugar da serenidade.

O problema maior, se assim podemos denominar, é que a indústria do armamento precisa sobreviver, girar a mercadoria sinistra que produz, e sem as guerras vão à falência. Talvez por isso, segundo dizem, vendam a ambos os lados do conflito armado.

É o fomento à briga. Os seres humanos massacrados pouco importa, têm relevância ínfima, os lucros falam mais alto. Não temem que a guerra bata às suas portas? Destarte me pergunto se ainda assim eles conseguem dormir tranquilos. Todavia logo percebo o quanto se mostra ingenuidade indagar algo tão nítido. Alguém tem dúvida quanto a resposta? Tristemente reconheço que a paz perene é apenas uma doce quimera, o sonho impossível sonhado por multidões. A maioria da humanidade é de uma volubilidade insana. Em sendo desse modo, nada de bom podemos esperar dos volúveis.

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 12/10/2024
Código do texto: T8172005
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