A crônica de Krawlius

O monte Vizano, serração baixa, noite toda, azulada de manhã, frio intenso, calor, só por vezes ao raiar forte do Sol...

Krawlius, lenhador, bicicleta e trator,

Na lareira que ficava ardendo quase sempre noite toda, mesmo ele deixando de pôr mais lenha,

Noite dessas, se levanta, madrugada, e descobre sem querer, daonde se originava isso, uma mulher, de pele clara, meiga, cabelos avermelhados, colocava a lenha noite toda a arder.

E Vida toda, Krawlius, manteve contato com tal aparição,

Sem nunca cansar de conversar, e aprender, vez por outra,ela se ía, antes do esperado, sumindo vagarosamente entre a serração gélida da noite, pedindo-lhe que voltasse para dentro, para não se adoecer...

Sabia Krawlius de um povo escondido, subterrâneo, e sábio, que mantinha contato, periódico com quem sigiloso quanto a isso se mantinha,

Krawlius,um dia partiu, sem nada no casarão deixar...

Havia partido, com as filhas de Hécate.