OS REMÉDIOS

 

À medida em que envelhecemos, vamos ficando mais e mais dependentes de remédios. Com a perda de vigor físico, nossa saúde torna-se mais frágil e ficamos mais vulneráveis ao adoecimento. Quem já passou dos sessenta, está mais propenso a sofrer pequenos acidentes, seja por ouvir ou enxergar mal, ou pelo equilíbrio prejudicado. Além destes há as doenças prevalentes na terceira idade: colesterol alto, diabetes, reumatismo, alterações da tireoide, da visão e da audição. Consequentemente, são estes que mais tomam remédios. E como os medicamentos estão caros! Ainda bem que alguns, muito importantes, têm desconto ou são entregues de graça pelo Programa Farmácia Popular, beneficiando os mais pobres.

 

Eu, que estou na chamada terceira idade, já tomo alguns remédios dos quais não posso prescindir. Minha tireoide não produz hormônio suficiente, de modo que preciso fazer uma suplementação. Tenho também um quadro crônico de dislipidemia, índice de triglicerídeos alto, outro medicamento se faz necessário para baixá-lo. Sofro de artrose, doença hereditária, prevalente na família de minha mãe, que me causa desgaste nas juntas e dor. Contra esta só posso me defender com medicamentos e fisioterapia. E o pior, tive câncer em 2015. Estou bem, tudo controlado, porém, para evitar recidiva, faz-se necessária uma quimioterapia oral, que já se prolonga por nove anos. Por todos esses motivos, tomo remédios todos os dias e preciso ficar atenta aos horários em que devo ingeri-los.

 

Quando viajo, é um transtorno, levo comigo um nécessaire cheio de medicamentos e não fico livre da programação para tomá-los nos horários prescritos pelos médicos. Dependendo do lugar para onde vou e pelo tempo que vou ficar, tenho que levar ainda as receitas dos mesmos. Felizmente, nenhum deles é tarja preta ou controlado.

 

Benza-me Deus! Que eu não precise acrescentar mais à minha lista. Felizmente, nenhuma de minhas doenças é grave, porém para algumas terei de consumir remédios pelo resto da vida. Mesmo assim, bendigo a Deus por uma qualidade de vida razoável, por me permitir andar, trabalhar, me divertir, ver e ouvir bem e, principalmente, escrever minhas crônicas, contos, poesias, que me são motivo de grande alegria.

 

Durante a Pandemia de Corona Vírus, fiquei muito assustada por estar no grupo de risco. Tomei todos os cuidados e saí ilesa, sentindo-me mais preparada para enfrentar essas vicissitudes. Além disso, acredito que uma postura otimista, cheia de fé e esperança, ajuda muito a manter a saúde, e isso tenho de sobra.

Melhor é não ter medo, manter-me ativa e prosseguir na luta diária pela vida...

 

 

 

Aloysia
Enviado por Aloysia em 11/10/2024
Reeditado em 11/10/2024
Código do texto: T8171385
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