PELO SIM, PELO NÃO
DESTAQUES
By Maria do Carmo Fraga
Novo Mundo - by Marília Paixão
Trouxe-nos um cenário de drama urbano,
onde dispõe elementos humanos de impacto:
um corpo estendido ensanguentado, um catador de papelão.
Marília tem um estilo particular, onde acrescenta ingredientes textuais que surpreendem o leitor pela originalidade. Ao mesmo tempo dá ao leitor a liberdade de encaixar tais itens ao mosaico de ideias, como se fôssemos co-autores do
texto. Exemplo: a tarde se coloria de vermelho
(integrado a essa fala está o sol, um outdoor
da coca-cola, um corpo estendido ensanguentado, o catador de papelão olhando a fatalidade...).
A partir de então abrem-se janelas de reflexão: Os jovens, os adultos, os cidadãos de outrora e os de hoje e as vidas cada vez mais perdidas nesse emaranhado de incertos caminhos. Finaliza com um convite à nossa
atenção, destacando o recrudescimento generalizado dos desafios ( seja na vida de jovens ou senhores) - e consequente fragilidade dos sonhos. Crônica atual, teor social e humano. Beleza e alta qualidade literária. Parabéns sempre, Marília.
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O Reino da Dúvida – by Gisele Leite
Com a expressão de dúvida “pelo sim, pelo não", Gisele inicia sua crônica, já nos mergulhando numa provocadora reflexão: vivemos cercados de dúvidas. Esse permanente estado de incertezas permeia desde o universo cotidiano - pessoas, palavras ditas e escritas – até espaços mais sólidos como a ciência. Inclui no rol o complexo ato de julgar e reunir fatos que, objetivamente, ajudam a chegar à verdade e fazer justiça. Crônica bem cuidada, com citações de fontes fidedignas, passando, assim, credibilidade em cada informação externa usada para iluminar o texto. Leitura prazerosa e proveitosa - marca registrada da professora Gisele Leite, que sempre conjuga saber, atualidade e estilo. Parabéns, Gisele.
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Caia chuva, por favor! – by Cássia Caryne
Fica claro, na crônica, a relação atávica que a
autora tem com a natureza – característica que, em maior ou menor grau, atinge a todos nós - somos parte da natureza: o que beneficia, o que maltrata a ela repercute nos seres vivos, humanos, animais, meio ambiente. O tom suplicante presente no título, a queima de ervas santas, mostra o triângulo homem x leis da natureza x sobrenatural.A afetiva lembrança da avó faz lembrar o sincretismo religioso tão presente na ânsia humana de conexão com o sagrado, notadamente em horas difíceis. Elementos sensoriais dão a tônica da crônica:
A ausência de chuva, a secura, o pós-chuva,
a sensação de bem-estar, a brisa, o frescor.
Parabéns, delicadeza sempre presente em seus escritos. Bom esse aroma literário, Cássia Caryne.
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Deus é quem sabe, by Daisy Zamari
Indo de encontro à visão leiga, a autora lança um olhar sábio sobre eleições. Evidencia que eleições não se restringem à simplista visão de disputa. Vai além: é oportunidade de o candidato apresentar-se de forma ampla, tranquila à comunidade em que vive. Em contrapartida, colhe a alegria de sentir seu valor pessoal e político reconhecido. Receber e ofertar simpatia; dedicar atenção às pessoas e receber delas a mesma gentileza fazem parte do pleito.
Argumenta que através dessas experiências novos horizontes podem surgir, sejam políticos ou mesmo de diversos outros setores. Destaca, conforme escrito no título, que o tempo de Deus está o tempo todo presente em nossas vivências. Encerra dirigindo palavras de amor e encorajamento ao seu filho, candidato nas últimas eleições. Gratificante leitura. Uma visão humana, cidadã e pacífica - típica de quem sabe extrair o brilho, a luz de toda experiência vivida. Parabéns, Daisy.
Maria do Carmo Fraga
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TOP OF MIND
by votos das autoras
Vai que o tempo muda 3
Maria do Carmo Fraga
https://www.recantodasletras.com.br/cronicas/8169715
Novo mundo -3
Marilia L Paixão
https://www.recantodasletras.com.br/cronicas/8169651
Bem me quer, mal me quer- 3
Vanice Zimerman