Alma dos vaqueiros

Minha irmã, após se aposentar, foi morar em Minas, em Coimbra, cidade da zona da mata. Ela foi morar lá por que ela tem asma e nessa cidade o clima é puro, sendo bom para saúde.

Na casa dela há muitos animais: quatro cachorros, muitas galinhas, gansos e patos e outros que aparecem de vez em quando sem serem chamados: lagartos, lagartixas, gambás, porco espinho. Um cachorro dorme no quarto dela. Outros três cachorros dormem no quintal à noite, e durante o dia ficam presos. Quando vou à casa dela, sinto pena dos outros cachorros que não recebem o mesmo carinho daquele que dorme no quarto dela. Ela cria galinhas apenas por prazer. Ela não as matam. Elas morrem de velhice. Ela tem tanto amor pelas galinhas e quando uma desaparece, ela reza até ela aparecer. Ela costumava rezar para Santo Antônio, mas depois que ela fez uma viagem à Bahia, ela passou a rezar para as almas dos vaqueiros. Ela ficou sabendo da eficiência das almas dos vaqueiros no aeroporto de Salvador enquanto ela e sua irmã esperavam o voo que estava muito atrasado. Enquanto ela estava esperando, sua irmã saiu para dar uma volta e estava demorando muito para voltar. Ela ficou muito aflita e falou com uma passageira ao seu lado sua aflição pelo sumiço de sua irmã. Essa senhora lhe falou para rezar para as almas dos vaqueiros e lhe ensinou uma oração. Ao rezar a oração que a senhora lhe ensinou, sua irmã apareceu. Daquele dia em diante, toda vez que uma galinha some, ela reza para as almas dos vaqueiros e a galinha aparece. Eu falei para ela rezar para São Longuinho, e quando a galinha aparecer, ela deve dar três pulinhos em agradecimento.

Atiz