CAINDO NO MUNDO SEM NADA
Quaisquer histórias alinhavadas entre duas criaturas, por mais que pareçam fincadas no chão, são passíveis de virar poeira a qualquer instante. A tal gota d´água pode ser um gosto azedo misturado no quitute, a falta de delicadeza em certa vértebra do querer-bem ou o olhar torto quando deveria ser terno. Daí as criaturas descabelam o viço, destronam partes do coração e passam a se estranhar de forma que, até aquele momento, era mera ficção. A natureza humana vem com esses reveses de fábrica e não há como tapear e nem retroceder. O que lhes resta é baixar as cortinas, apagar as luzes, trancar a porta. jogar a chave por debaixo dela e cair no mundo, sem sombra, sem rédea, sem nada