De como as pessoas estão ficando loucas

Ontem a noite em torno das 19 horas saí para tomar um açaí na lanchonete da esquina perto aqui de casa, para minha surpresa estava fechada não quis ir na concorrente porque a figura te atende de cara feia parecendo que você esta pedindo dinheiro emprestado.

Desci um pouco mais na rua e resolvi comer pastel pois a fome falou mais alto e já estava a fim de terminar o meu domingo em casa vendo na tv a disputa da eleição de São Paulo.

Chegando lá tinham duas pessoas na minha frente duas senhoras que conheço costureiras e no meu lado esquerdo estava um rapaz .

Essas coisas de pastel é demorado mas, como não havia outra opção fiz o pedido e aguardei.

Na virada da rua estava rolando um pagodão numa barraca, pra variar som alto e a galera balançando a bunda numa coreografia, sem óculos não enxergava bem.

Daí a pouco eis que surge uma criatura com uma criança de primeira saiu se batendo na mesa das senhoras nem pediu desculpas, depois ficou na minha frente falando alto, a garota que estava com ela toda sem graça, mas estava afim do pastel, ela demorou fazendo o pedido, falando alto entre outras coisas.

Foi quando os pedidos chegaram para as pessoas que estavam a minha frente que se foram, restando de freguesia eu e esta figura.

O meu pastel saiu e para minha surpresa era uma sopa de óleo, não consegui comer a dona do trailer recolheu e pediu para fazer outro, aguardava e pedi que deixasse escorrer bastante o óleo.

A menina e a meio louca observava, então elas voltaram para o pagode, passado uns dez minutos retornou, foi quando o pastel saiu e agora sim, estava bom, a dona perguntou se estava bom, foi quando a perturbada dos infernos olhou na minha cara e disse essa mulher é chata embrulha os meus e deixa ela pra la´, isso sem falar que ela mexia a bunda como provocação.

Senti que a criança ficou mais constrangida do que eu, puxei a cadeira mais para o lado e olhei fixamente para outra direção pedindo a Deus que ela se fosse logo.

Deus ouviu minhas preces e aquela coisa abominável se foi, foi então que comentei com a dona do estabelecimento o ocorrido, elas me pediram desculpa por tudo, falei que elas não tinham culpa, então eu completei que em outros tempos já teria mandado ela se meter com a vida dela e mandava tomar no monossílabo.

Enfim, racionalmente engoli calada.

Mas no fundo e na minha mente dizia todo o instante uma leutria do Candomblé da Bahia.

Diga quem lhe mandou que não a encontrou, exua mal despachada.

A pessoa não pode nem comer um pastel em paz!

Clara de Almeida
Enviado por Clara de Almeida em 07/10/2024
Código do texto: T8167914
Classificação de conteúdo: seguro