MAIS UMA ELEIÇÃO. 17h21min

Começamos nossa “carreira” de votante no início dos anos 60, de modo não muito democrático. O proprietário da casa que morávamos pediu encarecidamente para votarmos num militar seu amigo, que estava para ser transferido, mas se fosse eleito vereador de um município perto de Curitiba, a transferência não aconteceria...

Lá fomos nós, eu, a esposa e a primeira filha – a Vanice –, até não me recordo se ele foi eleito. Tempos depois, finalmente nosso título foi transferido, para ajudar um conhecido que queria se eleger vereador, indicou o endereço que morávamos perto da biblioteca pública, a votação se dava de modo rápido. Quando finalmente transferimos o nosso título e da esposa, no endereço onde moramos desde 1972, nossa zona eleitoral fica num colégio bem perto de nossa casa.

Ainda não decidi não decidi se vou votar, * a esposa não quer ir, pois o acesso é uma calçada engrene, que dificulta até o apoio da bengala, disse a ela poderíamos por a cadeira de rodas no carro, ela está resoluta em não ir. Tem uma pessoa do nosso bairro, que já se candidatou várias vezes a vereador, na última eleição quase se elegeu.

Aqui quem está liderando as pesquisas é o Eduardo Pimental, neto do ex governador do Paraná, Paulo Pimentel. Ele é vice de Greca em duas legislaturas, também tem o apoio do atual Governador, pelo andar da carruagem, tudo indica que será o novo prefeito.

Neste longo período de votante, me “orgulho” de jamais ter votado em branco, bem como não comparecer a uma eleição, também tenho um “vício”, guardar os comprovantes de comparecimento, o primeiro é de 15 de novembro de 1986, e último de 30 de outubro de 2022, das eleições de segundo turno para presidente da República. Em que os resultados deixaram muitas dúvidas, e incertezas. As pessoas inconformadas, se colocaram a frente dos quarteis em todo o país, com destaque ao Quartel General de Brasília, até chegar o fatídico dia 08 de janeiro de 2023...

No amanhecer do dia seguinte, peto de 1.500 pessoas foram presas, semelhante ao Holocausto, foram conduzidas para a prisão, sem julgamento e muitas estão lá até hoje, acusadas de “golpistas”, pois estavam “armadas”, com pentes, escova de dentes, cortadores de unha e bíblias, o que não deixa de ser uma falácia, pois um golpe militar tem que ter a presença das forças armadas...

Finalmente a nação brasileira vive momentos de aflição, até parece uma agonia sem fim, liberdades cerceadas, e, se você que ser preso fale mal das sagradas urnas eletrônicas, em que até hoje é negado o voto impresso, que tiraria quaisquer dúvidas quanto ao ganhador ou ao perdedor...

Por último como acontece em muitos países o voto não deveria ser obrigatório. Daí sim teríamos não quantidade, mas sim qualidade. A quem for votar, boa escolha em seu voto. 17h58min. Curitiba, 05 de outubro de 2024 – Reflexões do Cotidiano – Saul

*Acabei indo votar, fui com a filha Nice e neta Sofia, que por coincidência vota na mesma seção eleitoral onde voto a 346.

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