Ultimamente, tenho presenciado tantos momentos tristes através de amigos. Perdas, sofrimentos, angústias, mortes. A lista de pessoas por quem rezo só aumenta. Não consigo ser feliz vendo tanta tristeza ao meu redor. Pessoas que fizeram parte da minha vida hoje enfrentam situações extremamente difíceis. Outros, nem estão mais aqui.
Diante disso, penso que nossos planos, tão cuidadosamente desenhados, podem desmoronar com um simples sopro. A incerteza nos deixa vulneráveis, como uma casa de cartas prestes a cair. A vida é tão curta! A fragilidade que sentimos é um lembrete constante da nossa humanidade. Cada emoção que evitamos viver apaga um pedaço de nós. E, quanto mais adiamos, mais o brilho se apaga. Mas por que deixamos isso acontecer? Talvez pelo medo de encarar o presente em toda sua intensidade. Ando tão sem brilho!
Essa obsessão pelo amanhã nos rouba o agora. Ficamos presos à expectativa de uma renovação, de um futuro. Mas e o que acontece no intervalo? Esperamos pelo "momento certo" e nos tornamos reféns de uma felicidade que sempre parece distante. A verdade é que o espetáculo já está acontecendo.
Ultimamente, quero muito viver o agora, mas não consigo. Talvez seja o peso das perdas ou a sensação de que o tempo escorre rápido demais. Já ensinei tanto sobre o “agora”, mas ainda não aprendi! Curioso como é fácil dar conselhos e difícil aplicá-los.
Na verdade eu ainda não aprendi tudo sobre o 'agora', mas a cada dia, tento me aproximar um pouco mais dele, lembrando que, por mais curta que seja a vida, ela ainda tem sua própria essência, esperando para ser sentida.