Os degraus da Bem-aventurança
Olá, caro leitor e...”Senta que lá vem uma história…”
Não sei se é defeito de fábrica ou me tornei assim mesmo mas, o fato é que sempre fui justiceira, aquela confrontadora e,com isto não preciso dizer que ganhei um belo círculo de amigos e, até inimigos. Se eu entendesse que algo era injusto eu peitava, fosse quem fosse. Com o tempo e depois de muito quebrar a cara fui lapidando o discurso, pois eu via que perdia a razão quando era grossa.
As vezes queremos ter razão e sinceramente na maioria das vezes temos razão mas, a nossa soberba já nos faz errados. O tal “esfregar na cara do mundo” quase me matou. Aquela mania de mostrar a galáxia inteira que eu tenho razão.
Claro que quando eu era jovem isso era mais forte em mim. Seja na escola, no trabalho, depois com o tempo nos protestos de rua, em causas sociais... não era em minha defesa apenas, lutava bravamente por outras pessoas e, por aquilo que achava correto. O que houve comigo? Fiquei covarde? Jamais!
O que acontece é que agora eu estou noutra “fase borbolistica “. A fase que preciso entender que antes de sair por aí feito um “vingador” eu preciso aprender a “bem-aventurança” que Cristo falou. Ele fala sobre os “pobres de espirito, também daqueles que choram e, dos humildes! E, se eu for a “dona da razão “ como irei aprender isso?
Ou seja, primeiro eu me curo pra depois curar outros e aí sim, lutar por justiça. Quando eu entender que a humildade é o principal degrau para minha transformação serei a borboleta mais feliz!
Eu busquei por justiça, por verdade, por tudo o que achava certo e não desconsidero o que fiz. Naquele momento e fase da minha vida era o que eu precisava fazer e sentia que deveria fazer. Agora a maturidade chegou para me fazer voar com cautela, sondando o terreno. Isso é sabedoria e, sem contar que preciso cuidar do tom das minhas asas. Não permito que desbotem por causa da toxidade desse mundo.
O que quero dizer com esse texto? Cuidado com o “Eu” O “Eu faço”. “Eu aconteço “ “Eu sou o melhor... "
Sem as bem-aventuranças não somos nada! Apenas nos inflamos em discursos intermináveis que não curam e sim, nos adoece.