Elize, parte 3 - O fim do reinado

Naquela noite o bobo foi preso, os reis das 5 nações estavam numa grande sala junto com os sábios que iriam se apresentar, a grande apresentação foi adiada até segunda ordem e todos os demais se encontravam em seus dormitórios, já era tarde da noite, todos dormiam, outros vigiavam. Quando se passou mais de três horas que eles se encontravam na sala, algo despertou do sono a pequena Elize, o silêncio trazia consigo um alerta de perigo. Ela levantou-se de sua cama, abriu vagarosamente a porta do quarto para não fazer barulho, rastejou pelas paredes dando um passo de cada vez, nenhum movimento se via nos corredores, nenhum guarda, mas ao verificar o quarto dos serviçais todos estavam ali, dormindo. Direcionou-se então para a grande sala, o frio tomava conta da noite, a porta estava quase aberta, nenhum guarda a vigiava, ao chegar mais perto, tudo estava em silêncio, ao olhar com calma para dentro da sala, todos os reis estavam debruçados sobre a mesa, imóveis, frios, mortos, mas nenhum sábio ali se encontrava. Elize sacudiu o seu pai para ter certeza do que estava acontecendo, em prantos, gritou por ajuda, mas seus gritos foram abafados por um alto som de impacto nas paredes do castelo, com a ajuda de uma catapulta, soldados inimigos jogaram uma grande pedra, o que causou um enorme tremor que fez a pequena Elize cair no chão, o castelo estava sendo invadido. Ela levantou-se desnorteada, gritando por ajuda, uma movimentação por todo o castelo dos convidados de outras nações, dos serviçais, de todos que foram deixados para trás, o barulho continuava, grandes tremores, e lá de cima, em uma pequena varanda, Elize pode ver o enorme exército, 5 bandeiras, 5 nações, incluindo o próprio exército, da própria nação, atacando o próprio povo. Nesse momento sua mãe grita desesperada pelo seu nome, que logo vendo-a corre em direção a ela tendo a mesma visão que Elize estava tendo, ela pergunta desesperada para Elize a respeito dos seus irmãos, pois não os viu no quarto, Elize brevemente explica que saiu sorrateiramente do quarto, não sabe o que aconteceu. Sua mãe a pega pelos braços, ambas saem correndo ao encontro de uma passagem subterrânea, saindo por trás do castelo onde o movimento era menor, passando pela porta de saída, correram muito, sua mãe colocou Elize na frente. Poucos metros depois, Elize percebeu que sua mãe estava muito fadigada, e parou caindo de joelhos, ela não entendeu, mas logo viu cavaleiros e arqueiros vindo atrás, mas um desses ela reconhecia, era Asanete, que vindo mais adiante que os demais, protamente pegou Elize pelos braços e correu. Elize foi advertida pela mãe para não olhar para trás, mas infelizmente ela olhou, já afastada o suficiente para ver que os demais soldados já estavam a volta de sua mãe e então viu que ela estava fadigada pois havia sido atingida nas costas pelas flechas dos soldados e teve seu fim ali, a fio de espada. Elize então se encolheu aos prantos nos braços de Asanete, mas logo percebeu que suas lágrimas não estavam só, pois ele também chorava.