VOEI ALTO DEMAIS

Tudo bem, entendo perfeitamente que assuntos tem inúmeros, principalmente no tocante às guerras promovidas por tresloucados gananciosos que mandam os jovens para a morte enquanto se refestelam na suíte de suas mansões. Concordo, vejo esse absurdo acontecendo, pessoas morrendo, cidades sendo destruídas e o escambau. O problema não decorre da ausência de ocorrências mundiais, é somente falta de inspiração.

Abro o computador, flerto com a tela deserta, vazia de palavras, e fico desnorteado, sem a mente se imiscuir em alguma abordagem qualquer capaz de montar o quebra-cabeça textual. Nada flui, a química entre mim e as teclas não rola, forço a imaginação, apelo para a criatividade, até escuto música clássica, em vão, roda essa forçação de barra sem o menor resultado.

Que é da crônica pretendida? Ficou somente no sonho e na vontade. Quanta pretensão deste pobre escriba fraco de talento. Devaneei tanto, imaginei estar preparado para rabiscar nem que fosse uma redaçãozinha infantil, alguma dissertação colegial ou aquele ditado sem graça de escola municipal. Kaká Kaká, ria de si mesmo palhaço, qual passarinho falou em seus ouvidos que você sabe escrever? Verdade, a avezinha me enganou, pensei alto demais, melhor parar. Não vai ter crônica hoje.

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 02/10/2024
Reeditado em 03/10/2024
Código do texto: T8165082
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