Vento, ventania, vendaval
Acordei um pouco antes das cinco e um vento forte e assustador jogava vigorosamente com as árvores. Lembrei de fazer duas coisas: primeiro, levar a bicicleta pra dentro; segundo, colocar a casinha de plástico do cachorro velho pra área, voltada pra parede. Buenas, protegidos meus maiores bens no pátio, voltei pra dentro. Não dá pra deixar tudo nas mãos de Jesus, né.
Esperando um mega temporal com chuva de pedras ou coisa assim, assisto o Hora Um e acesso o site do Portal de Notícias pra ver os informes. Sim, a chuva que viria ontem, virá hoje, pós essas rajadas de vento e o escambau, ou seja, até pedra pode cair. São oito horas, mas a chuva ainda não chegou, está recém lá por Pelotas. Chuva e temperatura amena no Rio Grande do Sul, enquanto o restante do Brasil ferverá, 42 graus em alguns lugares, e isso que ainda é primavera. Vocês que reclamavam do frio do inverno que nem foi frio, que aguardem o verão... De qualquer forma, o vendaval já nem me pareceu uma opção ruim. Não vai ter comício, mas também não terá calorão. Ah, os comícios, ainda nem terminaram e já sinto saudade. Ontem ocorreram dois, perto um do outro, lá pras bandas da Vila Rosa, praqueles lados.
O vento continua lá fora, assoviando fantasmagoricamente. Escrevo essa crônica e envio pro Portal. Vai chover à noite, não terá comício, mesmo. Pena, gosto da festa da democracia em Charqueadas, dos discursos, das pessoas, das bandeiras coloridas, da cerveja e do churrasquinho. Depois de quinta, só em 2028.
A bebê dorme no quarto, alheia a tudo isso. Vou passar um café e fritar ovos. Fui.